LANÇAMENTOS
Em busca da excelência
Por Wagner Gonzalez | De São Paulo | Foto: Divulgação
Comparada a outras marcas de supercarros, como Lamborghini e Ferrari, a McLaren é uma novata nesse mundo onde não há limite para montar um modelo exclusivo; sua história como fabricante de superesportivos em série reiniciou-se em 2010, após um ensaio com o F1, projetado sob liderança de Gordon Murray. Nesse mercado, a excelência de construção e tecnologia aplicada são valores ainda mais caros que o simples número que precifica cada modelo construído em fábricas tão assépticas quanto hospitais de referência e colaboradores que são verdadeiros artesãos do século XXI. Exemplos dessa busca desenfreada pela perfeição são os novos 600 LT Spider e 720 S Spider que a Eurobike, representante da McLaren no País, apresentou recentemente.
São modelos caros, rápidos e exclusivos. Mais simples – se a expressão é aplicável a um produto da marca –, o 600 LT Spider pode encontrar sua primeira garagem se alguém assinar um cheque de meros R$ 3.250.000,00. Se o bônus da empresa for generoso, é possível aumentar esse valor em R$ 200 mil e sair rodando em um 720 S Spider. Em nenhum caso há risco de decepção, muito pelo contrário.
Em ambos os casos a sigla LT identifica a carroceria ligeiramente mais longa e que, na realidade, tem pouco a ver com Long Tail de carros de competição, preparados para corridas em Le Mans. Se no circuito de Sarthe esse apêndice fica em torno de meio metro, aqui são não mais que um punhado de milímetros medíveis em dois dígitos. O modelo LT tem baixo peso, aerodinâmica, mais potência e dinâmica em pista.
25 modelos
O nome Spider identifica modelos cujo teto pode ser removido e ganhou notoriedade nas corridas de protótipos nos anos 60. Para justificar essa classificação é possível retrair o teto em apenas 11 segundos, operação que pode ser feita também com o carro em movimento a velocidade igual ou inferior a 40 km/h. Dito isso, vale lembrar que se você quiser conferir se são mesmo só 11 segundos, faça isso com um cronômetro na mão e o carro parado. Em movimento o 600 LT Spider precisa de 2"9 para chegar aos 100 km/h e aos 8,4" já passou dos 200 km/h, tudo isso graças aos 600 cv do motor 3.8 V8 biturbo; ele só para de acelerar quando alcança sua velocidade máxima, 324 km/h. Apenas 50 kg mais pesado que o 600 LT, sua relação peso/potência desse modelo é de impressionantes 2,16 kh/cv. Colaborou para isso que a instalação do teto retrátil não exigiu nenhum reforço estrutural, reflexo do conceito correto do chassi construído em fibra de carbono.
Potência máxima
Modelo mais caro e mais potente, cada um dos 720 cv provenientes de um V8 4.0 bi turbo é suficiente para mover 1,85 kg do peso total de 1.332 kg. O teto de fibra de carbono também leva 11 segundos para ser encaixado no compartimento atrás do cockpit, mas pode ser feito com o carro andando até 50 km/h. Opcionalmente, esse teto pode ser construído em painel de vidro eletrocrômico, que permite dois índices de transparência: opaco e transparente, algo semelhante às janelas de aviões mais modernos como o Boeing 787. Nem tudo, porém acontece sem algumas perdas: com o teto aberto a velocidade máxima de 341 km/h cai para 325 km/h.
Os dois novos Spiders fazem parte de um plano de negócios que demandou investimento de aproximadamente R$ 7,2 bilhões e identificado como Track 25. Lançado em 2018, ele inclui o desenvolvimento de 25 novos modelos e versões até dezembro de 2025. Entre esses lançamentos estão o McLaren Senna e o Senna GTR, para uso nas pistas.
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