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Dolphin Mini está em pré-venda e terá lançamento nesta quarta-feira
Com bônus de R 10 mil, hatch subcompacto da BYD pode custar R$ 89.800 para os primeiros compradores
Por Núbia Cristina
A BYD lança oficialmente hoje no Brasil o Dolphin Mini, um modelo 100% elétrico de entrada que deve tirar o sono de muitos concorrentes, inclusive dos fabricantes de veículos a combustão, além de consolidar a liderança da marca chinesa no segmento de puro elétricos. O hatch subcompacto está em pré-venda na plataforma Mercado Livre, com bônus de R 10 mil. Até o fechamento desta edição, a fabricante ainda não havia revelado o preço do novo integrante da família Dolphin, mas a expectativa é que na estreia o carro seja vendido por R$ 99.800. Isso significa que os primeiros compradores vão pagar R$ 89.800, graças ao desconto.
Segundo a fabricante, a escolha do Mercado Livre como o canal de vendas online não ocorre por acaso. Em 2023, houve aumento de mais de 60% nas buscas por modelos elétricos dentro do marketplace, em relação ao ano anterior. Na verdade, o Dolphin Mini é concorrente direto dos modelos elétricos Caoa Chery iCar, Jac E-JS1 e Renault Kwid E-Tech, e de muitos outros hatches tradicionais, equipados com motor à combustão, como o Volkswagen Polo, Chevrolet Onix e Hyundai HB20.
Em janeiro, A TARDE participou da pré-estreia do Dolphin Mini, na China, na cidade de Shenzhen, e bastou olhar e andar no carro pela primeira vez, para saber que o lançamento causaria grande impacto no mercado brasileiro. O subcompacto tem 3,78 m de comprimento, mas seu entre-eixos de 2,50 m fica próximo ao de compactos como HB20 e Onix. Desenhado para uso urbano, acomoda bem quatro passageiros, apenas, a exemplo dos hatchs pequenos. No quesito design, é muito parecido com o irmão Dolphin.
O bom acabamento interno tem a mesma linha dos carros da família Dolphin. Seja plástico emborrachado ou couro, os materiais são macios ao toque. O painel de instrumentos tem uma tela de 5 polegadas, ao passo que a tela do sistema de informação e entretenimento é de 10,1 polegadas, com sistema giratório, marca da BYD.
Autonomia
O Dolphin Mini deve ser vendido no mercado brasileiro com um conjunto maior com baterias Blade, de 38,8 kWh, garantindo autonomia de 402 km pelo ciclo de testes chinês. A recarga pode ser feita em uma estação rápida com até 40 kW, indo de 30% a 80% em 30 minutos.
Equipado com um motor de 75 cv e 13,8 kgfm de torque, segundo a marca, o carro acelera de 0 a 50 km/h em 4,9 segundos, e 0 a 100 km/h em 13 s. As rodas são de 16 polegadas com pneus 175/55. A primeira impressão sobre o carro é positiva. Seja pelo acabamento interno, pacote de tecnologia e segurança ou dirigibilidade, a relação custo-benefício é boa. A BYD criou diferenciais que podem tornar o Dolphin Mini o primeiro carro 100% elétrico de muitos consumidores.
Em relação ao pacote de tecnologia e segurança, o Dolphin Mini traz controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência em faixa, frenagem automática de emergência, dentre outros. Não está claro se o carro chegará ao Brasil com 4 ou 6 airbags. Pelo preço competitivo, design e pela lista de equipamentos oferecidos, o mais novo lançamento tem tudo para mexer com o mercado.
Motorista de app conta sua experiência com o Dolphin
O Dolphin Mini é o mais novo integrante da família Dolphin, que hoje tem ainda as versões BYD Dolphin EV, Dolphin Diamond (na cor black) e BYD Dolphin Plus. Motorista por aplicativo há seis anos, Sílvio Veloso Oliveira comprou um BYD Dolphin EV em 23 de janeiro, entre outros motivos, para ter economia de combustível.
Ele já fez as adaptações no sistema elétrico da sua garagem para carregar o carro em casa, o que vai facilitar muito seu dia a dia. “Estou esperando a Neoenergia/Coelba ligar a energia, porque na minha casa era monofásica e tive de mudar para a trifásica”, conta. Desde que comprou o Dolphin, ele recorre à rede pública de eletropostos de Salvador para abastecer, e enfrenta muitos desafios com isso.
“Os postos de carregamento públicos são bem escassos. Em Salvador, eu conheço apenas dois de carregamento rápido: um que fica no Senai/Cimatec, em Piatã, e outro no posto escola da rede Petrobras, no Stiep”. Sílvio lamenta essa escassez de eletropostos públicos e diz que não se atreve a carregar seu carro em shoppings, supermercados, restaurantes, porque os carregadores são lentos e ele perderia horas carregando, ou em filas.
Apesar das dificuldades, está satisfeito com a compra. “Eu gastava R$ 3 mil reais de combustível por mês e minha prestação do carro elétrico é de R$ 2.960/mês. Para carregar o carro eu demoro 40 minutos no posto escola ou no Cimatec, lá o kw custa R$ 1.04 e no posto escola R$ 2.50/kw. Então para mim é vantajoso”. Ele está muito satisfeito com o desempenho, conforto e pacote de tecnologia do carro.
“A compra está valendo muito; se for fazer as contas. Estou investindo no meu carro, que me permitiu trabalhar como Uber Black, o que aumentou meu faturamento. Eu fazia em média R$ 400,00/dia, agora aumentei para R$ 500/600 dia”, comemora.
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