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iFood e Voltz viabilizam moto elétrica para entregadores

Parceria garante condições especiais de compra da EVS Work, que reduz custo de combustível e de manutenção

Publicado quarta-feira, 02 de março de 2022 às 06:06 h | Autor: Núbia Cristina
EVS Work vai reduzir custos em até 70%
EVS Work vai reduzir custos em até 70% -

O uso de motocicletas elétricas é uma alternativa para tornar o segmento de entregas rápidas mais sustentável. No Brasil esse caminho começa a ser trilhado ainda de forma tímida, porém, com o incentivo de grandes marcas.  Em parceria com a montadora brasileira Voltz, o iFood lança um programa para que seus parceiros entregadores tenham condições especiais de compra da moto 100% elétrica EVS Work.

A nova moto vai garantir mais economia para os entregadores, reduzindo em até 70% os custos com combustível e manutenção.  O projeto de parceria foi desenvolvido em alinhamento com o compromisso ambiental do iFood, cujo propósito é criar soluções de impacto positivo, e se soma aos investimentos já realizados em bikes elétricas para chegar a 50% das entregas limpas até 2025.

A EVS Work da Voltz já está em pré-venda para os entregadores, ao preço sugerido de R$ 16.490,00 (com uma bateria, a compra de mais uma bateria tem custo adicional de R$ 4.500,00). O iFood  afirma que vai oferecer descontos e facilidades no financiamento, incluindo taxas de juros mais baixas. 

“As motocicletas elétricas vêm ganhando visibilidade por serem alternativas mais limpas de transporte”, afirma o especialista de sustentabilidade do iFood, Bruno Pieroni. A meta de passar a entregar 50% dos pedidos em modais não poluentes até 2025 é ousada.  

Além de criar uma solução mais econômica para as entregas, a parceria com a Voltz tem foco na redução das emissões de CO2 nos centros urbanos. A previsão é que, até o final de 2022, cerca de 10 mil motos elétricas EVS Work estejam nas ruas, o que poderá evitar a emissão até 30 mil toneladas de CO2, que seriam lançados na atmosfera em um ano.

Com duas baterias, a EVS urbana entrega 180 km de autonomia, a moto elétrica para trabalho (Work), no entanto, chega aos 240 km. A velocidade final da EVS Work também é diferente, 85 km/h, menor do que os 120 km/h da versão original.

Redução de custos

O uso da moto elétrica gera impacto positivo no bolso do entregador, pois o veículo tem menor custo de manutenção, comparando com motos a combustão, e garante economia com combustível. Um entregador que percorre 2.000 km por mês, por exemplo, tem custo mensal em torno de R$ 380 de gasolina (considerando o litro a R$ 6,55). 

Com a moto elétrica, informa o iFood, esse custo cairia para um plano com valor fixo, considerando o sistema de troca de bateria, gerando uma economia de mais de 60% para o entregador somente em combustível. Somando a economia com a manutenção do veículo, o custo para o entregador chega a cair 70%.

O motor da motocicleta elétrica é menor e mais simples. Por ser movida a eletricidade, ela não precisa de um tanque (como não emite gases, não tem escapamento. Seu motor fica na parte traseira, e não na dianteira, como nas motos a combustão.

Tem menos componentes internos – não tem pistões e cilindros, como no modelo a combustão. Além disso, suas peças são menos desgastadas pela operação com eletricidade. Isso porque a queima de combustível gera resíduos. Então, a moto elétrica precisa de menos manutenção e dispensa lubrificação.

A bateria que move o motor da motocicleta pode ser recarregada em qualquer tomada. Depois de plugada na fonte de energia, o tempo total de recarga das baterias é de seis horas. Os entregadores parceiros do iFood não vão precisar gastar a energia de casa, pois poderão recarregar a moto nos postos de abastecimento e troca de baterias.

A moto elétrica reduz a poluição do ar e a sonora também. Na moto convencional, o motor é movido a pequenas “explosões”, por isso faz barulho. No caso da moto elétrica, isso não acontece: o motor é movido a eletricidade e não emite ruídos.

Outras parcerias para uso de motos elétricas no delivery vão surgindo. Em agosto de 2021, a Solar Coca-Cola iniciou um projeto piloto com a Shineray e passou a utilizar as motos elétricas do modelo SHE-3000, em atividades de logística na Bahia, Pernambuco e Ceará. Por enquanto, são três modelos, mas a meta da empresa responsável pela produção e distribuição de bebidas nos estados do Nordeste e no Mato Grosso é substituir por motos elétricas, em seis anos, mais de 3 mil motos movidas a combustão da sua atual frota.                                 

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