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05/09/2024 às 7:00 - há XX semanas | Autor: Gabriel Moura

AUTOS

Líder, Corolla Hybrid entrega o esperado, mas possui pontos de atenção

A TARDE Autos avaliou carro durante uma semana e trás veredito

Veículo custa quase R$ 200 mil
Veículo custa quase R$ 200 mil -

O mercado dos sedans médios no Brasil já foi ocupado por modelos como VW Jetta, Renault Fluence, Citroën C4 Pallas, Honda Civic, Nissan Sentra e Ford Fusion. Veículos diversos, mas unidos por uma semelhança: a incapacidade de vencer em vendas o Toyota Corolla. O japonês domina o segmento há 26 anos e, hoje, mistura tradição e modernidade para manter a hegemonia.

A versão que mais representa esse aparente paradoxo é a Altis Hybrid Premium, equipada com tecnologias a exemplo do painel digital e conexão Android Auto e Apple Car Play Sem fio, ao mesmo tempo em que é o único da categoria com o jurássico freio de mão tradicional – isso cobrando R$ 198.890 ao consumidor.

Para avaliar o que o tradicional traz de novo, o A TARDE Autos testou o veículo por uma semana e traz uma análise completa.

Motor híbrido e consumo

O grande diferencial da versão é a motorização. Trata-se de um híbrido tradicional – não ‘plug-in’ –, que é recarregado de forma automática pelo próprio veículo. É até possível andar apenas com o motor elétrico ao pressionar o botão HEV ao lado do câmbio, mas a baixa capacidade da bateria torna o sistema útil apenas em curtíssimas distâncias, como ao estacionar em uma garagem ou durante um breve congestionamento.

Na prática, o condutor expeciencia uma rotina igual a de um carro à combustão padrão, com idas apenas ao posto de gasolina e não à tomadas. Ao dirigir, a diferença mais sensível é auditiva, com a menor quantidade de ruídos emitidos graças ao silencioso motor elétrico.

O próprio carro alterna entre o sistema elétrico e a combustão. Geralmente, quanto menor a velocidade, maior o uso dos dois motores elétricos. Ao pisar fundo, entra em ação o 1.8 aspirado.

Sendo didático: trata-se de um carro ‘comum’, porém muito econômico.

Nos nossos testes, o veículo chegou a fazer 23,1 km/l em trajetos sem trânsito, andando em uma média de 60 km/h. O mais surpreendente, no entanto, é a performance em engarrafamentos, onde uma média de 14 km/l foi atingida. Uma média geral no trajeto urbano foi de 19 km/l, andando majoritariamente no modo Eco e sempre com gasolina.

Consumo chegou a 23,1 km/l
Consumo chegou a 23,1 km/l | Foto: Gabriel Moura / Ag. A TARDE

Em comparação, o Corolla tradicional, equipado com o motor 2.0 aspirado, possui uma média na cidade de 12,3 km/l abastecido com gasolina.

O ponto de atenção é o desempenho na estrada. Como em rodovias as frenagens são raras, diminuindo a recarga da bateria e consequente uso dos motores elétricos, o sedan funciona quase que 100% com o motor a combustão, aumentando o consumo.

No circuito rodoviário, abastecido com gasolina, o carro teve uma média de 15,6 km/l. Em comparação, a versão tradicional do Corolla tem média de 14.9 km/l.

Aí entra em ação a calculadora. À rigor, a única diferença entre o Corolla Altis Hybrid Premium e o Corolla Altis a combustão é o consumo, pois a lista de equipamentos é basicamente idêntica. Então, para compensar os R$ 14 mil de diferença entre os veículos, o consumidor precisa avaliar não apenas o quanto o condutor irá rodar, mas os principalmente trajetos percorridos para analisar se a economia mensal com combustível compensará o investimento a mais na compra.

Alguém que roda na cidade e gasta R$ 1 mil por mês em gasolina compensará o valor a mais na hora da compra em pouco mais de um ano, por exemplo. Já quem mora próximo ao trabalho e pouco sai aos finais de semana terá apenas o conforto a mais de um motor silencioso como benefício. Isso com a ressalva de que o 0 a 100 km/h do híbrido é aproximadamente 2 segundos maior que o a combustão.

Esse cálculo escancara o motivo do Corolla Hybrid ser o modelo dos sonhos da maioria dos taxistas e motoristas que miram em um público premium.

No geral, 1.8 aspirado segue com 98/101 cv e 14,5 kgfm de torque. Nos dois motores elétricos, 72 cv e 16,6 kgfm. Combinados, a potência é de 122 cavalos.

Traseira do carro
Traseira do carro | Foto: Gabriel Moura / Ag. A TARDE

Mundo à parte

Além da filosofia conservadora da Toyota, o próprio Corolla é ocasionalmente refém do próprio sucesso, encontrando pouco espaço para inovações mais radicais. Por isso o veículo, mesmo na versão mais cara, não possui itens como freio de mão eletrônico, presente em carros como o Renault Kardian intermediário, que custa R$ 80 mil a menos.

Outras ausências sentidas são uma central multimídia mais recheada de funções, como a do novo concorrente BYD King, a janela fechar automaticamente após o travamento das portas, e um piloto automático adaptativo com o sistema “anda e para”.

Por outro lado, o Corolla entrega uma segurança que nem veículos mais caros são capazes de entregar. Segurança em todos os sentidos: garantia de um alto valor de revenda, baixa preocupação com manutenção e tranquilidade que só um pedigree como a Toyota é capaz de entregar.

E é justamente isso que os fieis consumidores do Corolla buscam: se locomover do ponto A ao B no carro mais confortável e confiável possível. E o híbrido ainda possui o ‘plus’ de ser mais econômico que um Renault Kwid.

E para o público mais idoso, os populares ‘vovôrollas’, mudanças tecnológicas drásticas podem ser de difícil assimilação, fazendo a montadora ser mais reticente ao aplicar equipamentos que em 2024 são padrões em carros até de entrada.

Interior do carro mistura tons de bege mais claros com cores escuras
Interior do carro mistura tons de bege mais claros com cores escuras | Foto: Gabriel Moura / Ag. A TARDE

Equipamentos do Corolla Hybrid

Feita a ressalva, o Corolla tem um pacote de equipamentos com alerta de colisão com frenagem automática, alerta de saída de faixas, farol-alto automático, alerta de ponto-cego, 7 airbags, alerta de tráfego traseiro e retrovisor fotocrômico. Ou seja: no quesito segurança, o carro é completo.

Para conforto e design, o banco do motorista vem com todas as regulagens eletrônicas, rodas de aro 17’’, teto solar, painel de instrumentos em uma tela de 12,3", a central multimídia com tela de 9" chegou com espelhamentos sem fios, ar-condicionado de duas zonas, com direito a saída para os passageiros no banco de trás.

O acabamento é primoroso como usual, acompanhado de detalhes em ‘black piano’ no console central, controle eletrônico de estabilidade e de tração, assistente de subida em rampa, acionamento automático dos farois e limpadores, bancos em couro e carregamento do celular por indução.

O grande problema é o conforto para o passageiro no banco de trás. O repórter possui 1,85 de altura e sofreu ao se posicionar no assento. Primeiro o telo solar rebaixa ainda mais o já miúdo teto, tornando impossível ficar em posição ereta sem pressionar a cabeça com o teto. Até a distância até o banco da frente era econômica, fazendo a perna roçar com o assento.

O que o Corolla Hybrid Altis Premium tem de conforto para o condutor esmaga o passageiro, caso esse seja um pouco mais alto. Uma solução é comprar a versão sem teto solar, mas não resolve muita coisa.

Veredito

O Corolla segue imbatível no que se propõe a ser. Até por isso, na 12ª geração do carro, presente desde 2019, ele é um único sedan imune à febre dos SUVs, permanecendo entre os 10 mais vendidos do país.

Tudo que ele não entrega em esportividade e ‘empolgação’ ao dirigir o Corolla Hybrid compensa naquilo que realmente importa para a ampla maioria dos compradores de um veículo 0 km, conforto, segurança e economia.

Mais do que isso: permanece quase que inalcançável para aqueles que ainda insistem em concorrer com o líder japonês. O novo rival que se apresenta no ringue é o BYD King. Será ele páreo?

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