SHARK
Picape híbrida da BYD tem desconto de 70 mil reais
Abatimento de cerca de 20% visa atrair clientes interessados em tecnologia híbrida e potência

Por Jair Mendonça Jr

Umas das primeiras picapes médias híbridas do Brasil, a BYD Shark, está enfrentando dificuldades nas vendas e os preços caíram drasticamente.

Lançada com a promessa de desempenho superior a caminhonetes V8, o modelo chinês acumula números de emplacamentos modestos, muito aquém dos líderes de mercado como a Toyota Hilux.

Entre janeiro e outubro de 2025, a picape registrou apenas 921 unidades vendidas. No ano anterior, 2024, foram meras 313. Diante desse cenário, a rede de concessionárias está aplicando descontos que chegam a (R$70 mil, reduzindo preços tabelados) R$ 379.800 para aproximadamente R$ 310 mil.
O abatimento de cerca de 20% visa atrair clientes interessados em tecnologia híbrida e potência.
Potência e consumo
A BYD Shark aposta em um conjunto motriz impressionante: um motor 1.5 turbo a gasolina combinado a dois propulsores elétricos, entregando um total de 437 cv e 65 kgfm de torque.

Essa configuração, segundo informações da marca chinesa, permite um 0 a 100 km/h em ágeis 5,7 segundos, superando até mesmo algumas picapes grandes a gasolina.
A tração é integral e o modelo possui modos de condução para diferentes terrenos (areia, lama e neve). A bateria de 29,6 kWh garante 57 km de autonomia elétrica, segundo dados do Inmetro.
Contudo, o consumo de combustível da picape não é dos mais animadores para um híbrido plug-in: 9,5 km/l na cidade e 7,7 km/l na estrada, com autonomia total de 542 km no ciclo urbano.
Conforto urbano e resistência do diesel
Com 5,45 metros de comprimento, a Shark tem porte similar às concorrentes tradicionais, mas se destaca pelo uso de estrutura monobloco e suspensões independentes nas quatro rodas, priorizando o conforto e a dirigibilidade urbana em detrimento da robustez off-road pura.
A caçamba de 1.200 litros e a carga útil de 790 kg são números discretos para o segmento. O modelo é repleto de tecnologia interna, incluindo central multimídia giratória, painel digital, ar-condicionado de duas zonas e um pacote de assistência ao motorista (ADAS).
Apesar de todos os equipamentos, a Shark enfrenta a forte resistência do mercado brasileiro, que ainda é majoritariamente fiel às picapes médias com motorização diesel, vistas como mais adequadas para o trabalho pesado e o uso fora de estrada.
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