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Sandero GT Line tem visual mais esportivo
Por Samuel Lima

Qual a diferença entre um carro esportivo e outro de apelo esportivo? A resposta está bem clara na família Renault Sandero. Enquanto a versão RS, lançada no Brasil em setembro, oferece motor mais potente, a GT Line privilegia o visual.
Neste aspecto, o Sandero GT Line manda mesmo muito bem, com para-choque dianteiro cujo desenho remete aos monopostos de corrida, aerofólio, saias laterais e rodas de liga leve de 16 polegadas. Entretanto, na hora de dirigir, fica aquele "gostinho de quero mais" para aqueles que esperam um motor mais nervosinho.
O Sandero GT Line carrega o mesmo propulsor 1.6 8V Hi-Power flex encontrado nas versões Expression e Dynamique. São 98 cavalos de potência máxima, quando abastecido com gasolina, e 106 cavalos, quando alimentado com etanol - sempre a 5.250 rpm.
O torque varia entre 14,5 kgfm (gasolina) e 15,5 kgfm (etanol). Se não faz feio em desempenho, o trem de força também não empolga. É ajustado com as dimensões do veículo, sem sustos no momento de tirar da inércia os pouco mais de 1.050 kg do hatch.

O Sandero RS possui motor 2.0 Hi Flex, de 150 cavalos (leia mais na próxima página). O GT Line acaba sendo uma opção para o consumidor que busca uma pegada mais esportiva, porém sem ter que gastar uma quantia maior para ter um motor mais potente.
Tudo azul
O Sandero GT Line tem preço inicial sugerido de R$ 48.990. Já o RS custa a partir de R$ 58.880 - diferença de quase R$ 10 mil. O modelo GT Line testado por A TARDE tem acréscimo de R$ 1.360 por conta da pintura metálica (prata Etoile), tendo preço final de R$ 50.350.
Por dentro, o GT Line tem algumas diferenças estéticas em relação aos outros membros mais básicos da família. Os mostradores do painel de instrumentos e as saídas de ar-condicionado laterais possuem contorno exclusivo em azul, mesma cor da costura que reveste a manopla de câmbio. Assim como ela, o volante também é revestido em couro com costura azul. Os algarismos do velocímetro e contador de giros estão numa fonte alusiva ao movimento, reforçando a pegada esportiva.

Os detalhes em azul ainda estão presentes no estofado dos bancos. O pacote de itens de série do GT Line é honesto, com todas as conveniências ao alcance do motorista e demais ocupantes. A exceção fica por conta dos botões de acionamento (para o condutor) dos vidros elétricos traseiros - situados no centro do painel, abaixo dos botões de ajuste do ar-condicionado.
O Sandero GT Line traz ainda retrovisores externos com ajuste elétrico, direção hidráulica com ajuste de altura, computador de bordo, travas elétricas, limpador do vidro traseiro, faróis de neblina com moldura cromada, alarme perimétrico, air bags dianteiros, freios ABS com EBD, sensor de estacionamento traseiro e maçanetas internas cromadas.
Os 4,06 metros do carro valorizam o bom espaço interno para cinco ocupantes (são 2,59 metros de entre-eixos), levando-se em conta que trata-se de um hatch pequeno. O Sandero GT Line é ofertado apenas com câmbio manual, de cinco marchas. Até porque o câmbio Easy-R, que dispensa o pedal de embreagem e está disponível em outras versões do Sandero e do sedã Logan, não combinaria com a proposta esportiva do compacto. A manopla proporciona engates macios, mas não permite trocas mais rápidas.
Assim como os demais integrantes da família, o GT Line vem com o sistema Media NAV Evolution, que combina rádio/MP3 com entrada USB, GPS, conectividade com as redes sociais e conexão com o telefone celular, além de estar configurado para agregar uma câmera de ré.
Renault aplica adrenalina no Sandero RS
Antes da chegada do Sandero RS, o Fiat Punto reinava praticamente sozinho como hatch compacto a ofertar uma versão apimentada. Agora, o Punto T-Jet e seu motor 1.4 turbo de 152 cavalos vai viver disputa acirrada com o Sandero RS. Com praticamente a mesma potência de propulsor (150 cv), o RS tem no preço uma vantagem a ser considerada. Enquanto o preço inicial do compacto da Renault é de R$ 58.880, o modelo da Fiat parte de salgados R$ 69.310. Ambos têm mesmo comprimento (4,06 metros), porém a distância entre-eixos do RS é 8 cm maior. Ou seja, o reino está sob ameaça.

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