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Shineray lança moto utilitária SH 125 Worker
A Shineray do Brasil, única montadora de motos no país instalada fora da Zona Franca de Manaus, vai investir na implementação de lojas-conceito em todo o Brasil. O CEO da Shineray, José Edson Medeiros, acredita que a loja de fábrica será inaugurada em Salvador até dezembro deste ano. A marca tem uma fábrica localizada no Complexo de Suape, a 40 quilômetros do Recife (PE).
“Queremos estar presentes em todo o Brasil, num prazo de cinco anos, com prioridade para as capitais”, afirma Medeiros. A marca tem hoje 20 revendedores na Bahia. Para 2021, está programada a abertura de três lojas: em São Paulo, no Rio de Janeiro e Minas Gerais. A primeira foi inaugurada em Pernambuco, no Recife Outlet. “Nossa expectativa é de crescimento este ano é de 70%, em relação a 2020”.
Preço acessível
Em outubro, a Shineray vai lançar a moto SH 125 Worker, a fim de atender ao consumidor que atua, ou planeja atuar, com serviços de entrega. De acordo com estudo do instituto Locomotiva Pesquisa & Estratégia (SP), 11,4 milhões de pessoas entraram nesse mercado entre 2020 e 2021.
Segundo a organização, 20% da população adulta do Brasil - o equivalente a 32,4 milhões de pessoas - dependem de algum tipo de app de entrega para trabalhar. Em fevereiro de 2020, antes do início da pandemia, esse percentual era de 13%. O cenário de desemprego e até as mudanças comportamentais estimularam o crescimento do setor.
A SH 125 Worker, de 125 cilindradas, chega à rede de concessionárias da Shineray do Brasil com preço sugerido na faixa de R$ 7.290,00. Com um motor de 125cc de 7,2 cv e 8 Nm de torque, a nova moto tem preço acessível: cerca de 30% menos, em relação à Honda CG 160 Start, a versão mais barata do modelo mais popular do país.
O design foi inspirado na Cafe Racer, categoria de motos que eram usadas pelos jovens da década de 1960, para apostar corridas de curto percurso, entre os cafés.
A fábrica da Shineray tem duas linhas de produção, com capacidade total para montar 700 mil unidades/ano. No portfólio são 10 scooters elétricas e três cicloelétricos, além de seis modelos a combustão, entre ciclomotores e motocicletas. A marca está em fase de pré-lançamento do primeiro modelo de motocicleta elétrica.
Motos elétricas
Em agosto, a Solar Coca-Cola iniciou um projeto piloto com a Shineray e passou a utilizar as motos elétricas do modelo SHE-3000, em atividades de logística na Bahia, Pernambuco e Ceará. Por enquanto, são três modelos, mas a meta da empresa responsável pela produção e distribuição de bebidas nos estados do Nordeste e no Mato Grosso é substituir por motos elétricas, em seis anos, mais de 3 mil motos movidas a combustão da sua atual frota.
A parceria entre a Solar Coca-Cola e a Shineray faz parte da estratégia de pré-lançamento da SHE-3000, concorrente da versão de entregas do modelo EVS, da Voltz. A disputa no segmento de motos elétricas começa a esquentar no Brasil. A Voltz, por sua vez, fez uma parceria com o iFood, e a nova versão da EVS está sendo avaliada em um projeto piloto com 30 unidades, utilizadas por entregadores do aplicativo.
As motos comerciais elétricas executam o mesmo serviço logístico das motos à combustão, com menor impacto ambiental, com maior segurança para o trabalhador e a redução dos custos operacionais, explica o diretor de planejamento integrado e suprimentos da Solar Coca-Cola, Orlando Fiorenzano. Há drástica redução dos custos de manutenção, além da isenção da taxa de IPVA, sem falar na economia de combustível.
A SHE-3000 foi desenvolvida para as demandas das cidades. A potência máxima é de 3000W, com velocidade máxima de até 80 km/h. O motor elétrico tem 72V e a bateria de lítio, cerca de 900 ciclos. A autonomia é de até 120 km e leva de 6 a 7 horas para carga total da bateria. O carregador é bivolt e a capacidade de carga é de 150kg.
