AUTOS
Toyota Hilux: Líder para a cidade
Com visual renovado, a linha Hilux 2019 teve modificações importantes visando à continuidade do que sabe fazer bem: vender. A utilitária líder ganhou nova dianteira com visual mais aerodinâmico, multimídia mais conectada, novo câmbio automático de seis marchas e cresceu sete centímetros, além de sofrer aumento de preço em todas as versões.
A motorização é a mesma, e a Toyota promoveu melhorias estruturais na Hilux, que resultam em uma traseira mais contida em trechos esburacados e rodar mais confortável. É a proposta ideal para quem mora na cidade e eventualmente sai do trecho urbano e precisa usar a tração integral.
Sem abraçar o trabalho em sua totalidade, a Hilux flex é feita mesmo para quem gosta da altura e versatilidade de uma picape sem custar tanto como a versão diesel.
Motorização flex
Importante segmento no Brasil, as picapes equipadas com motor flex não são unanimidade. Afinal, são menos potentes que suas variantes a diesel, mas custam bem menos. Para quem não usa esse tipo de veículo para o trabalho pesado, abastecer com gasolina e etanol é uma vantagem, e nisso a Hilux mostra sua versatilidade com silêncio a bordo e quase sem vibração. Nem todas as concorrentes trazem motorização flex, como é o caso da Chevrolet S10 e da Ford Ranger.
Vida real
O motor é o já conhecido 2.7 Dual VVT-i Flex, que desenvolve 163 cv de potência a elevadas 5.000 rpm, quando abastecido com etanol, e 159 cv, também a 5.000 rpm, com gasolina. O torque é único com os dois combustíveis: 25 kgfm a 4.000 rpm. Assim, a Hilux entrega menos força que sua versão diesel, mas cumpre seu papel na cidade e no trecho fora de estrada. Assim, o conjunto mecânico associado ao novo câmbio automático de seis marchas tem bom ajuste e trocas rápidas. No modo "Eco Mode" parece elevar ainda mais essa relação e no Modo "Power" retarda as trocas para entregar mais força. Em geral, o desempenho não é ruim, mas, quando exigido, o motor flex demora a entregar força e não surpreende.
O controle de tração ATR-C integra o controle de tração e de estabilidade, evita derrapagens de traseira com atuação dos freios e torna a direção mais precisa. Aliás, a sensação de dirigir a Hilux é de um carro de passeio, com relações diretas graças à direção elétrica e respostas ajustadas para o conforto. O espaço é bom para levar a família; e o banco traseiro é levemente inclinado para trás, tornando as viagens mais confortáveis.
O lado negativo é o alto consumo, inevitável quando se movimenta um carro de quase duas toneladas. Com gasolina, sob trânsito intenso ela rendeu apenas 6,5 km/litro e na estrada 8,0 km/litro, segundo o computador de bordo. Com etanol, segundo a fábrica, ela rende 4,8 km/litro na cidade e 5,6 km/litro na estrada. A caçamba é bem ampla, mas exige força e cuidado na abertura, já que não tem amortecimento.
Equipada
Outro ponto de destaque da nova Hilux é a grande oferta de equipamentos. O painel, apesar do plástico que salta aos olhos, abrindo mão de um esperado acabamento soft touch, é de boa qualidade. Comandos próximos e ajustes elétricos do banco do motorista são pontos de destaque para quem está esperando a rudeza de uma picape. A multimídia Toyota Play reproduz DVD, CD, MP3 e conta com câmera de ré, além de navegador GPS, bluetooth e no painel há computador de bordo com múltiplas funções. Além dos itens obrigatórios, a versão SRV 4x4, "topo de linha das flexíveis", tem também air bags laterais e de cortina, assistente de partida em rampas e também de reboque, controles de estabilidade e tração, luzes de frenagem de emergência, alarme, maçanetas e retrovisores cromados, ar-condicionado automático digital, computador de bordo com tela TFT de 4,2 polegadas, porta-luvas com amortecedores e parte superior refrigerada, retrovisor interno eletrocrômico, bancos em couro sintético, abertura das portas e partida sem chave. Preço da Hilux SRV 4x4: R$ 140,9 mil.
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