BAHIA FARM SHOW
Agro na Bahia avança em linhas de crédito para descarbonização
Bancos têm ampliado a oferta de investimento para empresas e produtores agrícolas que inclui a criação de carteira de carbono
Por Carla Melo e Eduardo Dias*

O agronegócio continua sendo um dos principais responsáveis pelas altas emissões de dióxido de carbono (CO2), ao mesmo tempo em que também está atento às novas práticas sustentáveis que visam a diminuição de pegadas de carbono em suas explorações e investimentos ambientais.
Entre as soluções para a descarbonização e o alcance das metas da COP para 2030, bancos têm ampliado a oferta de investimento para empresas e produtores agrícolas que inclui a criação de carteira de crédito de carbono com foco na negociação de créditos por empresas, governos e indivíduos em troca de redução de dióxido de carbono.
Oferta de linhas de crédito
O Superintendente regional na Bahia do Banco do Nordeste, Pedro Lima Neto, aponta que a Bahia, que é um dos estados mais ricos em agronegócio, também é um dos principais entes federativos a adotar práticas sustentáveis quando se trata da descarbonização. As iniciativas são incentivos para a geração de carteiras de investimento no agronegócio.
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“O Agro na Bahia é altamente avançado - 80% estão dentro do padrão de sustentabilidade elevadíssimo e os outros 20% estão caminhando para chegar lá. Temos financiamentos com FNE [Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste] a partir de energias solares e eólicas, FNE de agro fundos florestais; para os pequenos nós temos a agricultura de baixo carbono. Cada agência tem uma meta específica de carteira de carbono e ganham pontuação quando incentivam esses produtores a adotarem essas linhas”, disse Pedro Lima Neto em entrevista ao Portal A TARDE durante o Bahia Farm Show
Incentivo aos pequenos produtores
Um dos principais parceiros comerciais mundiais de commodities, a Bahia é pujante na produção de grãos, mas também na participação do pequeno produtor no cultivo e exportações de produtos primários da agricultura e agropecuária.
“Quando o pequeno produtor quer se expandir, em suas formas de negócio ou em tecnologia e maquinários, ele sempre usa o banco. O Banco do Nordeste apoia em torno de 50% dos investimentos da Bahia, os outros 50% ficam com os outros bancos somados. As nossas taxas são bem menores do que as praticadas no mercado e os prazos geralmente são adequados”, continuou ele.
Ele ainda aponta sobre a assistência dada pelo banco à estruturação dos projetos: “Normalmente, temos uma equipe bem preparada e a gente consegue auxiliar e apoiar para um projeto mais eficiente”, continuou ele.
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