A TARDE testa três roteiros para chegar à Itaparica
Por Luana Almeida
10/03/2014 - 8:09 h | Atualizada em 21/01/2021 - 0:00
BR-101, estrada -
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Asfalto conservado, sinalização aparente e movimento ameno. O cenário de tranquilidade da BR-101, rodovia que serve como rota alternativa para chegar à Ilha de Itaparica, nem de longe remete ao sufoco sofrido pelos passageiros que chegam ao local via ferryboat.
O serviço, que desde março de 2013 é operado pela empresa Internacional Marítima, é alvo de constantes reclamações de passageiros que utilizam as embarcações para fazer a travessia São Joaquim-Bom Despacho.
Para quem tem carro, não abre mão de aproveitar os finais de semana prolongados e feriados na Ilha, mas cansou de penar nas enormes filas para embarque, uma boa opção é encarar a estrada.
A equipe de reportagem de A TARDE percorreu, no último sábado, três diferentes caminhos, através de rodovia, até a ilha. Em dois deles foram constatadas boas condições de tráfego.
Para percorrer a primeira rota, feita via Santo Antônio de Jesus, o grupo saiu de Salvador às 9h30. O trajeto começou pela BR-324 e seguiu até o entroncamento de Conceição de Jacuípe.
| Foto: Reprodução | Googlemaps
Foto: Reprodução | Googlemaps Em seguida, alcançou a BR-101 até Santo Antônio de Jesus, seguiu até Nazaré das Farinhas, via BA-028, e, por último, percorreu a BA-001, que liga Nazaré à ilha. O percurso, desde o início da BR-324 até o terminal de Bom Despacho, totalizou cerca de 270 km, realizado em três horas e meia. Com ar-condicionado ligado, o veículo consumiu meio tanque de combustível. Na pista, o tráfego estava tranquilo e a boa conservação do asfalto permitiu seguir em velocidade compatível à permitida (100 km/h). A calmaria da estrada possibilitou que a velocidade fosse reduzida para conferir a paisagem exuberante ao redor da BR-101. No total, houve gasto de cerca de R$ 75, correspondente ao valor do combustível mais R$ 1,70 do pedágio situado na altura do município de Amélia Rodrigues. O preço é superior ao cobrado por um carro de menor porte no ferry, que custa R$ 46,70. Animais na pista Por volta das 13h, a equipe iniciou o segundo trajeto, via Cachoeira. Do município, o grupo seguiu pela estrada de Santo Amaro, alcançou Maragojipe e, de lá, chegou a Nazaré.
| Foto: Reprodução | Googlemaps
Foto: Reprodução | Googlemaps Após atravessar a Ponte do Funil e passar por Nazaré, o grupo chegou a Itaparica depois de percorrer 240 km, em tempo parecido ao da rota anterior: cerca de três horas. Como na primeira rota alternativa, é preciso pagar pedágio. Os custos com o combustível foram de R$ 75. Na via, o único inconveniente foi a presença de alguns animais no acostamento na estrada próxima a Nazaré, o que exige maior atenção do motorista. Nos demais pontos da rodovia, o tráfego foi tranquilo, e as boas condições da pista auxiliaram um trajeto mais veloz. Buracos O terceiro e último trajeto foi iniciado por volta das 16h30 e marcado por buracos na pista e falta de sinalização. O caminho é feito também via Cachoeira, no entanto, segue por São Roque do Paraguaçu, distrito de Maragojipe.
| Foto: Reprodução | Googlemaps
Foto: Reprodução | Googlemaps O trecho entre São Roque e a ilha é mais curto e poderia ser feito em menos de uma hora e meia não fossem os buracos em toda a via. Além disso, a pista é sinuosa, o que requer baixa velocidade. Após as 18h30, os problemas da estrada se tornaram ainda mais evidentes. Sem iluminação e sinalização, o trajeto ficou mais difícil e precisou ser feito em marcha reduzida. Após quatro horas, a reportagem chegou à ilha. Retorno A equipe de A TARDE retornou a Salvador na manhã de ontem. Dessa vez, a opção escolhida foi o sistema ferryboat. O grupo chegou ao terminal marítimo de Bom Despacho por volta das 8h30 e o movimento para embarque já era intenso. A maior parte dos passageiros que aguardava na fila, que até então ocupava somente o espaço do terminal, ainda retornava à capital após o feriado do Carnaval. Após aguardar por duas horas, o grupo embarcou no ferry Juracy Magalhães Jr., que seguiu lotado. Na embarcação, que já estava com os assentos ocupados, passageiros reclamavam do calor intenso. "Essa situação é desumana", disse uma passageira que se abanava para amenizar a alta temperatura.
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