BAHIA
Anuário de Segurança Pública faz alerta para dez cidades do interior Bahia
Lauro de Freitas e Mata de São João são citadas como críticos devido ao aumento das mortes

Por Redação

O anuário publicado pelo Instituto de Segurança Pública, Estatística e Pesquisa Criminal (ISPE) destaca dez municípios da Bahia que, por diferentes razões, são considerados como áreas críticas que demandam ações estratégicas urgentes.
Jequié, no sudoeste, tornou-se o principal ponto de preocupação ao registrar um aumento de 45% nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), sendo o principal responsável por elevar os índices de violência em sua região. A cidade também se destacou negativamente no aumento do roubo de veículos (tipo de crime patrimonial), com um crescimento de 62%.
Confira o anuário:
Na Região Metropolitana, Camaçari e Simões Filho continuam a figurar entre os municípios com as maiores taxas de CVLI por 100 mil habitantes do estado, com 62,31 e 53,16, respectivamente. Embora Camaçari tenha conseguido uma redução de 17,4% no número absoluto de mortes, seus indicadores permanecem em patamares considerados alarmantes pelo ISPE.
Lauro de Freitas e Mata de São João também são citados como críticos devido ao aumento das mortes por Intervenção de Agentes do Estado (MIAE). No norte do estado, Juazeiro se destaca pela alta taxa de CVLI (59,73) e por ter dobrado o número de MIAE em 2024. Municípios como Sento Sé, Sobradinho e Casa Nova, também no norte baiano, demandam atenção. No sul, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália são apontados como críticos pelo aumento de mortes violentas.
Segundo os números do estudo, os municípios com maiores altas de CVLI entre 2023 e 2024 são Jequié, com crescimento de 45%, passando de 60 para 87 casos; Santo Amaro, 76,25%, de 21 para 37; Camamu, 91,7%, de 12 para 23; Caravelas, 550%, de 2 para 13; Porto Seguro, 16,1%, de 62 para 72; Sento Sé, 76,9%, de 13 para 23; Conceição do Jacuípe, 100%, de 8 para 16; Irará, 266,7%, de 3 para 11; Santa Cruz Cabrália, 42,1%, de 19 para 27, e Barra do Choça, 46,7%, de 15 para 22.
O diagnóstico do ISPE é que a interiorização da violência é um fenômeno evidente, existindo um deslocamento dos crimes para cidades menores e menos estruturadas. Para reverter esse quadro, o instituto recomenda ações de inteligência para desarticular facções criminosas, investimentos em políticas sociais para a juventude, fortalecimento do policiamento ostensivo e investigativo, e a criação de programas de prevenção focados nas causas estruturais da violência, como a falta de oportunidades e a desigualdade social.
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