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ENTREVISTA – EDUARDO BORGES DOS REIS

‘As lutas na saúde ajudam a contar a história da Bahia’

Vice-diretor da Faculdade de Medicina da Ufba fala sobre livro que aborda a história da saúde na Bahia a partir das lutas sociais por direitos

Por Divo Araújo

07/07/2025 - 5:00 h
Eduardo Borges dos Reis, vice-diretor da Faculdade de Medicina da Ufba
Eduardo Borges dos Reis, vice-diretor da Faculdade de Medicina da Ufba -

Na Bahia, até os ossos têm histórias para contar. Quando esses vestígios revelam desigualdades, dores e resistências, ajudam a traçar um retrato profundo da saúde pública no estado. As lutas pelo direito à saúde — especialmente entre as populações mais invisibilizadas — é o fio condutor do quinto volume da série de livros ‘A História da Medicina na Bahia’, que será lançado nesta semana pela Faculdade de Medicina da Ufba.

“A gente vislumbrou contar, a partir dessas demandas, a história da Bahia. Como era a saúde pública, como se manifestavam os problemas de saúde”, explica o professor Eduardo Borges dos Reis, um dos organizadores da obra, nesta entrevista exclusiva ao A TARDE.

Além do olhar histórico, o livro ‘A história da Bahia contada pelas lutas em saúde’ se destaca pela construção coletiva: mais de 90 estudantes dos cursos de Medicina e História participaram da sua elaboração. “Não é um projeto individual, é da instituição”, pontua o professor. Confira mais na entrevista a seguir.

O quinto volume da série História da Medicina na Bahia propõe um olhar centrado nas lutas em saúde. O que motivou essa escolha temática e o que ela revela sobre a trajetória da Medicina e da própria Bahia?

É importante saber que nos primeiros quatro volumes da série nós tivemos enfoques diferentes. O volume um foi sobre a história da Faculdade de Medicina. O volume dois sobre as especialidades médicas clínicas e o três sobre as especialidades cirúrgicas. O volume quatro tratou de temas transversais como medicina e sexualidade, espiritualidade e medicina, os negros, os indígenas. Após um hiato de dois anos, a gente lança o quinto livro sobre as demandas sociais em saúde. Muitas vezes, o portador de um problema de saúde necessita se articular entre pares e lutar por aquele direito, que é um direito social. É preciso lembrar que a saúde é um direito social. E isso é feito muito comumente. Eu posso citar aqui de 20 a 30 associações de portadores de algum problema de saúde. E, se você tiver cuidado, consegue contar a história da Bahia, das instituições, dos setores sociais, a partir desses movimentos na área de saúde. A gente vislumbrou contar, a partir dessas demandas, a história da Bahia. Como era a saúde pública naquele momento, como se manifestavam os problemas de saúde, como a Faculdade de Medicina se mobilizou. Cada capítulo do livro tem uma história diferente. E, só antecipando, este volume cinco não deu conta de abordar todos esses movimentos, por isso o livro seis já está saindo no próximo semestre.

O livro propõe uma abordagem transdisciplinar que valoriza as vozes dos sujeitos envolvidos nas lutas em saúde. Como esse diálogo amplia nossa compreensão da história social da medicina na Bahia?

Primeiro, mostrar que ter saúde é lutar por isso, não é uma coisa dada. Você tem as doenças negligenciadas historicamente, em que não se teve muitos avanços. Falo da leishmaniose, o mal de Chagas, a esquistossomose. No livro, vamos ver que, muitas vezes, é a partir desses movimentos na área de saúde que se começa a organizar uma busca por tratamento. Por exemplo, o tratamento do albinismo ganhou força na Bahia a partir de uma médica, a doutora Shirley. Ela começou a ficar preocupada com a severidade da doença, ajudou a articular a associação e buscou ações dentro de vários serviços de saúde. A gente buscou entender como se vislumbrou aquele problema de saúde e a busca por respostas medicamentosas, de acolhimento e de outras esferas. Você vê segmentos sociais mais vulneráveis que precisam de outros tipos de apoio. Eu estava conversando agora com o pessoal da anemia falciforme. Eles estão fazendo uma campanha para arrecadar cobertores porque é um segmento social muito vulnerável. E já conquistaram alguns medicamentos fantásticos, que mudaram o curso da doença.

O livro reúne 20 capítulos que abordam temas frequentemente negligenciados, como a loucura, a cegueira e o alcoolismo. De que maneira a escolha desses temas contribui para revelar aspectos pouco visíveis da saúde?

A gente, primeiro, buscou os problemas de saúde que têm um histórico de lutas. Isso não foi tão difícil porque quando você abre um leque de problemas de saúde, junto com elas vêm as dificuldades de assistência, tratamento, acolhimento, de medidas preventivas. Para escolher esses temas tivemos o apoio das ligas acadêmicas, que é um fenômeno recente na medicina. As ligas são organizações estudantis que se organizam a partir de uma especialidade médica. Eles se organizam e frequentam os ambulatórios das especialidades, por exemplo. Atualmente, são 34 ligas na Faculdade de Medicina da Ufba. E a gente teve um diálogo muito produtivo com elas. Não é à toa que já temos o sexto livro e possivelmente um sétimo, porque nós não esgotamos esse assunto. Como sou oriundo da medicina preventiva e social, a gente faz isso no terceiro semestre, e alguma coisa no primeiro semestre, sempre trabalhando com entidades da sociedade civil que representam portadores de algum problema de saúde.

Como se deu a participação desses movimentos sociais na elaboração do livro?

Essa participação variou muito. Tivemos, por exemplo, uma participação ativa no caso das doenças falciformes. O líder da Associação Baiana das Pessoas com Doenças Falciformes (Abadfal) forneceu várias informações e depoimentos para o livro. Depois, ele veio a falecer, o companheiro André Luís Gomes, devido à doença falciforme. Mas teve uma participação muito ativa na elaboração do livro. Assim como a associação que representa os portadores de albinismo. É lindo esse capítulo, porque foi escrito por uma estudante de medicina, muito eloquente e inteligente, que tem uma irmã portadora de albinismo. Ela percorreu todos esses caminhos - do preconceito, da dificuldade do acesso ao tratamento, da discriminação na escola, o bullying. Enfim, ela buscou esse caminho muito vinculado a sua experiência pessoal. E tem o depoimento da irmã dela, que abriu o coração, no sentido de mostrar que é possível ter outro caminho para lidar com os portadores de albinismo.

O capítulo “Empretecendo a doença falciforme” será um dos temas em debate no lançamento do livro. Como essa jornada revela a luta contra os estigmas sociais associados à doença e o impacto do racismo na atenção à saúde da população negra?

A doença falciforme tem vários aspectos muito interessantes. De fato, num primeiro momento, ela acometia mais os negros. Mas essa realidade mudou com a miscigenação. Hoje, você tem pessoas de olhos azuis e cabelos louros com doença falciforme. No capítulo sobre essa doença nós trazemos a história de um médico chamado Jessé Acioly. Ainda como estudante de medicina, ele fez a vinculação das manifestações do quadro da doença falciforme com questões genéticas hereditárias. E escreveu essa conclusão dentro de uma revista do diretório acadêmico. Simplesmente, ele estava vinculando, pela primeira vez, a doença com um componente hereditário. Depois, saiu em publicações internacionais outra pessoa fazendo essa vinculação no mesmo período, como se fosse ele apenas que tivesse descoberto essa relação. Depois de um trabalho de levantamento de dados, de relacionamento com essas entidades internacionais, ficou provado que Jessé também fez esse vínculo. Olha bem, uma pessoa no quinto ano de medicina, publica numa revista do diretório acadêmico esse achado genial. Isso é fantástico na nossa história.

A produção da série História da Medicina na Bahia reuniu estudantes e profissionais de áreas diversas, como Medicina, História e Ciências Sociais. Como foi coordenar esse processo colaborativo e interdisciplinar?

Nos quatro primeiros livros da coleção tivemos a participação de 420 estudantes. Como você coordena isso? Eu trabalhei com professores, mas fundamentalmente com lideranças estudantis, que organizavam e acompanhavam esses grupos. A gente deu toda a assessoria técnica e científica, mas a organização, a escolha e o funcionamento de cada tema envolviam entre oito e dez estudantes, que tinham o compromisso de produzir um conhecimento em escrita. É um trabalho aparentemente muito complexo. Mas, como essas lideranças são muito organizadas, juro a você, não foi muito trabalhoso. Não tivemos crise nenhuma. Poucas pessoas quiseram sair ou não fizeram as atividades.

Cada grupo ficava responsável por um assunto?

Exatamente. A gente escolhia um coordenador estudantil, que acompanhava três capítulos, e ele se reunia e orientava. Cada capítulo geralmente tem a presença de um professor também, mas ele não tinha autoridade de mando. O professor acompanhava e orientava. Por isso que destaco o crescimento dos estudantes nesse sentido. A gente já vinha fazendo isso com muita tranquilidade. É a força da juventude, como Milton Nascimento canta.

Como foi esse processo para os estudantes de medicina? Eles têm a expertise na área médica, mas, ao se envolverem com a História e outras disciplinas, precisaram desenvolver novas habilidades. Que tipo de retorno vocês receberam deles?

Bem, nós somos a primeira faculdade de medicina do Brasil e temos o maior acervo histórico nessa área. Ou seja, apesar das dificuldades, aqui na própria faculdade tem muita coisa a ser trabalhada. Mas tivemos o apoio fundamental de Ana Albano, que é a nossa bibliotecária, e de outros técnicos administrativos. Neste livro cinco contamos com uma participação muito especial dos estudantes de História. Existem as questões médicas, mas também as de história. A gente mesclou e acho que, por isso, esse livro deu um salto de qualidade muito grande. E conseguimos fazer uma coisa bem digna do ponto de vista acadêmico. Mas é importante dizer que não esgotamos esses temas. Sabemos que vão existir lacunas. Mas tem bastante conteúdo em cada um desses livros.

Neste quinto livro, me chamou atenção o capítulo “Efeito das condições de vida na saúde na Salvador do passado: os testemunhos dos ossos”. O que os vestígios ósseos revelam sobre as condições de saúde na cidade e como se deu essa pesquisa em particular?

É inacreditável o que eles revelam. O corpo não pode mais falar, já que se foi, mas os ossos trazem as marcas das condições de vida daquela época. A pessoa que escreveu esse capítulo se chama Tereza Cristina Mendonça, é odontóloga e fez doutorado em Portugal. Ela tinha uma aproximação grande com o Museu Arqueológico, quando se descobriu naquela obra da praça da Cruz Caída, na Praça da Sé, um grande número de ossificações. No passado era comum se enterrarem as pessoas nos pátios das igrejas. A Igreja da Sé foi demolida na década de 30. E como se enterravam as pessoas? Os esqueletos encontrados dentro da igreja estavam organizados, bem distribuídos, ou seja, havia um planejamento de depósito. Já no lado de fora da igreja, estava tudo desorganizado, como se tivessem jogado essas ossadas. E você tem que saber que ali havia um hospital ao lado. Possivelmente, os corpos de algumas pessoas que morreram no hospital foram enterrados neste espaço. É uma amostra de 63 ossadas. E tem muitas questões envolvidas. O tamanho do esqueleto, por exemplo, pode estar relacionado com a nutrição. Já o formato ósseo do rosto, com a etnia. Foram encontrados ossos com perfurações que podem ser de bala ou cortes de facadas. As ossadas encontradas no lado de foram eram mais de negros e indígenas. Outro achado interessante é ver o desgaste ou hipertrofia de determinadas partes. Por exemplo, tem uma parte das ossadas em que havia uma hipertrofia na região do ouvido, encontradas geralmente em mergulhadores. Possivelmente, onde se encontrou essa hipertrofia óssea, você tem pessoas que praticavam a pesca submarina. Você tem marisqueiras também. A faculdade tem um livro extenso só sobre a saúde das marisqueiras. E a capa é uma marisqueira dobrando o joelho dentro do mangue. Por ela ficar muito tempo naquela posição curvada, tem um desgaste na patela, no joelho. E a gente identificou, em algumas ossadas de mulheres, esse desgaste. O que é interessante também é que, em mais da metade dessas ossadas, às pessoas morreram com 20, 30 anos, o que revela a mortalidade precoce naquela época.

O capítulo do livro sobre a loucura deve trazer revelações interessantes? O que ele revela de mais significativo?

Meu Deus, um mundo de coisas. Revela a luta pelo direito a um tratamento digno e acesso aos medicamentos. A luta antimanicomial é uma luta histórica. E nós temos aqui nosso Juliano Moreira, que foi o maior cientista dessa área no Brasil. Ele implementou medidas importantes de terapia ocupacional, quando foi para o Rio de Janeiro, como não mais amarrar e maltratar as pessoas ditas loucas da época. Até recentemente, na minha época de estudante, existia o manicômio Juliano Moreira, em Brotas. Era muito doloroso ouvir essas pessoas gritando nuas, atrás das grades. Era uma coisa espantosa, mas muito comum na época. E a luta não é só dessas pessoas. Veio a academia, vieram os trabalhadores de saúde, que se juntaram e fizeram uma corrente para resgatar a cidadania desses pacientes. É um capítulo inesgotável, porque ainda está acontecendo. O CAPs (Centros de Atenção Psicossocial) é fruto dessa luta. O fechamento de manicômios é fruto dessa luta. Hoje, você absorve pessoas concursadas com algum distúrbio psiquiátrico, com algumas limitações, e isso é fruto dessa luta.

A saúde das marisqueiras, como o senhor adiantou, também é tema de destaque no quinto volume da série História da Medicina na Bahia. Por que foi importante estudar as condições de saúde desse grupo específico de mulheres?

Como disse, a gente identificou algumas patologias relacionadas ao trabalho das marisqueiras. Na nossa Faculdade de Medicina, a gente tem uma disciplina chamada Medicina Social, que é dada no terceiro semestre. E a gente fazia uma atividade de educação e saúde. O professor da disciplina fez um trabalho no Subúrbio Ferroviário e identificou que as pessoas se queixavam muito de dores musculares. A partir daí, fomos descortinando toda uma situação de invisibilidade. Uma epidemia de doenças osteomusculares que essas pessoas tinham. E isso virou pesquisa. Nós atendíamos mais de mil pessoas identificadas com esses problemas no Hospital das Clínicas. Essas pessoas tiveram, a partir deste trabalho, assegurados seus direitos previdenciários, que não sabiam que tinham. A gente montou um setor que fazia ultrassonografia, eletromiografia, fisioterapia, tinha a médica do trabalho. Esses pacientes vinham de longe e a gente fazia tudo isso no mesmo dia, e saía com relatório. Essas pessoas tiveram acesso pela primeira vez, como segurado especial, aos benefícios previdenciários. Elas recebiam, em média, 200 a 300 reais, e começaram a receber por volta de R$ 1 mil pela Previdência Social. Isso, que começou na Bahia, foi ampliado para 14 estados.

A coleção surgiu inicialmente da necessidade de material didático para a disciplina História da Medicina, como o senhor mencionou. Mas ela acabou sendo acolhida pela Congregação da Faculdade, e ganhou uma dimensão maior. Como foi esse processo de institucionalização da proposta?

De fato, a gente começou muito vinculado à disciplina, ao componente histórico da medicina. Mas isso se ampliou bastante e foi levado à congregação e ela aprovou, por unanimidade, que seria uma tarefa da faculdade daqui para frente. Até pela obrigação de ser a primeira faculdade do Brasil e possuir esse acervo todo. Portanto, a faculdade chamou para si a responsabilidade de produzir uma série de livros sobre a história da medicina. Vamos lançar o sexto e, com certeza, teremos o sétimo, oitavo e outras gerações vão assumir essa tarefa, porque está colocado como uma obrigação da Faculdade de Medicina. Não é um projeto individual, é da instituição. Tomara que a gente cumpra, a contento, essa determinação da instância máxima da faculdade, que é a Congregação de Medicina. Eu sou apenas um soldado. É um projeto coletivo, sou um dos organizadores. Para você ter uma ideia, no primeiro livro tivemos a participação de umas 450 pessoas. No quinto livro, acho que dá umas 90 pessoas. Nosso objetivo é oferecer um material que sirva para todo mundo, que tenha curiosidade, que goste de história, que goste de ciência. E o acesso às obras é gratuito. Os quatro volumes têm acesso gratuito pelo repositório da Ufba.

O primeiro volume parte da criação da Faculdade de Medicina da Bahia, em 1808, destacando temas como o ensino na época, a presença negra e feminina, e o protagonismo estudantil. Que aspectos desse início mais surpreenderam durante a pesquisa?

A Faculdade de Medicina, por ser a primeira instituição de ensino superior, viveu aquele mundo da escravidão, das desigualdades, mas ela, apesar de absorver isso, se rebelou em vários momentos. Tem um episódio que eu sempre gosto de contar, que é na Revolução Constitucional de 1932. Alunos e professores lideraram o movimento na Bahia. Hastearam a bandeira branca com letras azuis escrito ‘Faculdade Livre’. Foram presos 514 estudantes e a maioria era estudantes de medicina, que foram levados para delegacia e penitenciária. Todos os estudantes interrogados tiveram a mesma fala. Ninguém se acusou, ninguém delatou. Posteriormente, foram presos, fora da faculdade, sete professores. A Faculdade de Medicina é isso também. Se rebelando, lutando contra a escravidão. Você tem pessoas como Juliano Moreira, com Sérgio Cardoso, que praticamente liderou lutas abolicionistas. Nós temos muitas histórias positivas.

Raio-X

Eduardo José Farias Borges dos Reis é graduado em Medicina, mestre em Saúde Pública e doutor em Medicina, todos pela Ufba. Atualmente, é professor titular do Departamento de Medicina Preventiva e Social e vice-diretor da Faculdade de Medicina da Bahia da Ufba. Desenvolve pesquisas na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde do Trabalhador. Atua em atividades de extensão em bairros populares de Salvador. Também é coordenador da Residência Médica em Medicina do Trabalho e um dos coordenadores da série de livros A História da Medicina na Bahia.

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#DireitoÀSaúde #FaculdadeDeMedicinaUFBA #HistóriaDaMedicina #LutasSociais #SaúdeNaBahia ]

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