MEMÓRIA
Associação Bahiana de Imprensa celebra 93 anos
A ABI foi fundada pelo farmacêutico e jornalista Thales de Freitas em 17 de agosto de 1930
Por Lívia Oliveira*
A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) reuniu jornalistas, acadêmicos e empresários no auditório Samuel Celestino, sede da ABI, na Praça da Sé, às 9h de ontem, para iniciar a celebração dos 93 anos da entidade. Além de relembrar a história da entidade, o evento também discutiu violência contra a Imprensa e prestou homenagem ao jornalista Agostinho Muniz Filho.
A programação é composta por quatro eixos que terão continuidade nas próximas semanas, tendo como tema o “ABI, 93 anos vivendo a história do Brasil na Bahia”, abordando assuntos como direitos autorais, PEC do diploma e a PL da fake news.
A ABI foi fundada pelo farmacêutico e jornalista Thales de Freitas em 17 de agosto de 1930. “Ao longo desses 93 anos de funcionamento ininterrupto, a ABI foi a entidade representativa da comunicação baiana lutando contra o arbítrio pela democracia e, hoje, cada vez mais antenada com o mundo da comunicação. A ABI se consolida também como uma entidade da cultura baiana que guarda parte da memória da imprensa baiana. A data é de comemoração, mas também de muita inspiração para os próximos anos que estão por vir”, destacou Ernesto Marques, presidente da ABI.
Ocorreu, também, a cerimônia de rebatização da agora Rede Agostinho Muniz Filho de Combate à Violência Contra a Imprensa. O homenageado foi o jornalista Agostinho Muniz Filho, que atuou no combate a violência contra os profissionais de imprensa. “Acho que historicamente a parte mais importante da história da ABI foi o fato de que, entre 1991 e 1998, começou uma onda de assassinatos contra jornalistas na Bahia, sobretudo no interior. Foram assassinados 10 jornalistas. Nós começamos o trabalho da ABI de defender a liberdade de imprensa. Os assassinatos foram muito em decorrência política”, relembrou Agostinho.
O primeiro relatório da iniciativa, que começou suas atividades em janeiro deste ano, foi apresentado pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba), Moacy Neves. Seis casos estão sendo acompanhados atualmente. “A intenção da rede é articular as ações para que os casos não parem simplesmente na denúncia. Que a partir dali tenha andamento, investigação e punição dos responsáveis. E por fim, inibir novas agressões”, pontuou o presidente do sindicato.
A programação continua na próxima quinta-feira (24), às 9h, para o eixo “Judicializando” com os painéis “Direitos autorais na relação entre profissionais, agências/assessorias e veículos” e “Assédio judicial: situação atual na Bahia e no Brasil e como se proteger e como combater”. Além disso, terá lançamento do livro “A peleja dos zuavos baianos contra Dom Pedro, os gaúchos e o satanás”, do jornalista e escritor Jolivaldo Freitas.
No terceiro eixo, no dia 6 de setembro, o foco será na formação discutindo a PEC do diploma e empreendendo na comunicação. No último dia, 16 de setembro, para encerrar as celebrações, ocorrem os painéis “Vida real no mundo digital – Cultura, democracia e diversidade”, “Diversidade nas Redações. As redações refletem o perfil da sociedade? Como abordar as diferenças sem estigmatizar?”, e o debate “O PL das Fake News ameaça a democracia?”. Também ocorrerá o lançamento da edição comemorativa da Revista Memória da Imprensa
*Sob a supervisão da editora Meire Oliveira
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