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24/07/2022 às 8:38 | Autor: Priscila Dórea

BARREIRA

Apae discute inclusão de deficientes no trabalho

Instituição atesta que depois da pandemia 40% de pessoas com deficiência no sistema da entidade estão fora do mercado profissional

Iasmim Almeida trabalha no colégio Sartre Coc, empresa parceira da Apae
Iasmim Almeida trabalha no colégio Sartre Coc, empresa parceira da Apae -

Com as demissões em massa e o fechamento de empresas, pelo menos 40% de pessoas com deficiência (PCD), usuárias do sistema da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Salvador (Apae Salvador), ficaram de fora do mercado de trabalho desde o início da pandemia. As contratações estão voltando lentamente agora em 2022, mas apesar da Lei de Cotas estar completando 31 anos hoje, as barreiras continuam dificultando e impedindo a inserção de PCDs no mercado.

Pensando em trazer, mais uma vez, uma luz sobre o quanto essas pessoas possuem autonomia e são capazes, a Apae promoverá amanhã o evento Lei de Cotas: o Trabalho como um Direito de Todos.

"Muitas empresas reduziram seu quadro de funcionários na pandemia e isso, consequentemente, diminuiu as oportunidades para as pessoas com deficiência. O Ministério Público do Trabalho tem voltado a cobrar das empresas quanto a porcentagem mínima de PCD's que elas precisam ter, pois muitas estão voltando a contratar, mas o número de vagas PCD ainda não voltou ao normal. Este evento de segunda-feira irá discutir sobre esses desafios e sobre a nossa experiência nessa luta por direitos, uma roda de conversa onde vamos mostrar que a inclusão é, sim, possível", explica a coordenadora de Assistência Social da Apae Salvador, Jaqueline Braz.

Experiência

Uma das pessoas que irão contar sobre a sua experiência no evento é a auxiliar de serviços gerais Iasmim Passos de Almeida, que possui retardo mental leve e atualmente está trabalhando no Colégio Sartre COC, uma das empresas parceiras da Apae onde a funcionária se qualificou. "Aprendi muito com os professores, inclusive na pandemia com as aulas online. A Apae me acolheu e a equipe do Sartre também me recebeu de braços abertos, do meu chefe aos alunos, todos são muito educados e gentis, principalmente os alunos, que são supercomunicativos", conta

Esse não é o primeiro emprego de Iasmim, ela chegou a completar seis anos no trabalho anterior e enfatiza a importância dos empresários entenderem que as pessoas com PCD são capazes. "Aos meus amigos com alguma deficiência quero dizer que eles não precisam ficar com vergonha ou medo, não é fácil, mas existem muitos lugares onde somos bem acolhidos e onde nos valorizam pelo trabalho", afirma.

Para debater esse assunto, o evento, que acontecerá às 9h30 de segunda-feira no auditório da Unidade São Joaquim do Apae, conta com a participação de Iasmim e Jaqueline Braz, além da auditora fiscal do Trabalho Lorena Garcia Mueller Costa e a coordenadora de Recursos Humanos do colégio Sartre COC, Adriana Maria de Souza Ribeiro.

Cotas

Manter em pauta questões relacionadas ao mercado de trabalho, dirigidas às pessoas com deficiência, é importante para fortalecer a Lei de Cotas - recurso que garante legalmente que as PCDs sejam empregadas -, afirma a presidente da Associação Baiana de Deficientes Físicos (Abadef), Silvanete Brandão Figueiredo. Mesmo com mais de três décadas da Lei nº 8.213/91, as empresas continuam arranjando desculpas para não contratar as pessoas com algum tipo de deficiência.

"Sempre tentam colocar as pessoas com deficiência como incapazes, mesmo que sejam qualificadas para as vagas e algumas até graduadas. Estima-se que hoje existam cerca de 900 mil pessoas com algum tipo de deficiência em Salvador, mas inúmeros locais na cidade continuam não sendo acessíveis, como lojas, por exemplo, dizendo que 'PCD não é o meu público'. E como seriam? Além da falta de acessibilidade, elas têm pouco espaço dentro do mercado de trabalho, como vão ter dinheiro para gastar?", questiona Silvanete.

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