Audiência sobre caso Davi Fiúza é iniciada 8 anos após desaparecimento

A primeira audiência que investiga o desaparecimento de Davi Fiúza foi iniciada nesta quarta-feira, 31, na Vara Militar, no bairro do Bonfim.

Davi desapareceu após uma abordagem policial na região conhecida como Jardim Vila Verde, na Estrada Velha do Aeroporto, em outubro de 2014, dois dias antes do segundo turno das eleições, e nunca mais foi encontrado.

À época, a família afirmou que dois veículos chegaram ao local, de onde saiu um grupo de homens, que tirou a camisa da Davi, colocou um capuz e amarraram as mãos e os pés, o jogando, em seguida, no porta mala de um dos carros.

Em agosto de 2018, a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso e houve o indiciamento de 17 policiais militares.

No mesmo mês, sete policiais militares também foram denunciados pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), por conta do desaparecimento.

Os policiais envolvidos devem prestar depoimento, além de seis testemunhas de acusação que teriam, inclusive, presenciado o momento em que o jovem foi levado.

A audiência já foi adiada por três vezes pela impossibilidade de comparecimento de acusados. Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), 19 PMs eram alunos do curso de formação da PM. Eles faziam uma operação final para obtenção do diploma de soldado.

O processo foi encaminhado à Justiça Militar por decisão da Ailze Botelho Almeida Rodrigues. Ela alegou que lá devem ser julgados crimes cometidos por policiais militares.