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Auditores da Receita Federal não farão liberação de cargas em Salvador

Auditores da Receita Federal vão entrar em greve

Publicado sábado, 20 de janeiro de 2024 às 10:12 h | Autor: Da Redação
Na alfândega de Salvador, a paralisação vale a partir de terça-feira, 23
Na alfândega de Salvador, a paralisação vale a partir de terça-feira, 23 -

Os auditores fiscais da Receita Federal não realizarão o desembaraço de cargas na próxima semana, de 23 a 26 de janeiro, na Alfândega de Salvador.  A informação foi divulgada pelo Segundo o Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional). No período,  haverá nos locais somente as liberações de cargas perecíveis, vivas, perigosas, medicamentos e alimentos.

No âmbito nacional, a paralisação vale a partir de segunda-feira, 22. As localidades afetadas são: aeroporto de Viracopos, porto de Santos, aeroporto de Guarulhos, Alfândega de São Paulo (abrangendo os Portos Secos do estado de São Paulo), Alfândegas e Inspetorias nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, Alfândega de Porto Alegre, Delegacia de Santarém e na Inspetoria de Pacaraima.  

“Toda greve, infelizmente, produz externalidades negativas e procuramos reduzi-las priorizando os serviços essenciais. Produtos perecíveis, medicamentos e alimentos não serão prejudicados. Por outro lado, é importante lembrarmos que há uma lei pendente de implementação há sete anos e os Auditores-Fiscais não poderiam continuar esperando sua aplicação indefinidamente”, afirma o presidente do Sindifisco Nacional (Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal), Isac Falcão.

Greve

A categoria chama a atenção para o baixo orçamento reservado para a instituição, situação que perpetua o desmonte sofrido ao longo dos últimos anos. Outro ponto de reivindicação é a necessidade do cumprimento integral do Plano de Aplicação do Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf) para o ano de 2024, aprovado pela Portaria MF 727/2023. O Fundaf, criado há mais de 40 anos, é usado para garantir a manutenção dos mecanismos arrecadatórios que viabilizam o orçamento público.

Há sete anos, os Auditores-Fiscais aguardam a concretização do acordo que deu origem à Lei 13.464, regulamentada em junho deste ano. Porém, a União não prevê recursos para a sua efetiva realização, o que indica que o compromisso com a reconstrução do órgão pode não ocorrer.

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