VÉSPERA DE FERIADO
Busca por itens típicos da Semana Santa movimenta comércio de Salvador
Feira de São Joaquim e Mercado do Peixe tiveram fluxo intenso nesta quinta
Por Rafaela Souza
A procura por pescados e itens típicos para o almoço da Sexta-feira Santa movimentou a Feira de São Joaquim e o Mercado do Peixe nesta quinta-feira, 6, véspera do feriado. O camarão, o quiabo, o azeite de dendê, o coco e os peixes utilizados para moquecas e ensopados, como a corvina, a pescada amarela, o bacalhau e o vermelho, ainda são os produtos mais procurados pelos consumidores.
No entanto, o vendedor Euler Oliveira afirmou ao Portal A TARDE que o movimento ainda está abaixo do esperado. Ele, que comercializa coco, revelou que a expectativa é que o fluxo de clientes aumente até a manhã de sexta. Para melhorar as vendas, Euler fez a promoção de dois cocos por R$ 5, já que apenas um custa R$ 3. E para conquistar os clientes de vez, ele ainda faz questão de quebrar o coco na hora para garantir a qualidade do produto.
“Eu esperava mais movimento, acho que ainda está um pouco fraco. Espero que o movimento melhore, mesmo que amanhã seja o último dia e esteja um pouco em cima da hora”, disse.
Diferente de Euler, o vendedor Rogério Santos avaliou que o movimento está positivo para as vendas de produtos, como o camarão seco, o amendoim, a castanha, o dendê e o leite de coco. “O movimento está bem animador, as vendas estão ótimas. A expectativa é zerar a mercadoria e descansar mais tarde, que é o que a gente precisa”, afirmou.
Na Feira de São Joaquim, o quilo do camarão seco custa entre R$ 15 e R$ 45; o litro do azeite de dendê sai por R$ 10; já as oleaginosas indispensáveis para o caruru e vatapá, a castanha e o amendoim, custam R$ 60 (quilo) e R$ 20, respectivamente.
Pescados
O Mercado do Peixe também contou com um movimento intenso até o início da tarde desta quinta. Tendo em vista o horário de funcionamento ampliado para às 3h desta sexta-feira, 7, a vendedora Nathalia Santiago revelou que as vendas devem aumentar até a madrugada. Segundo ela, os pescados mais procurados são: corvina, camarão, pescada amarela, vermelho e arraia.
“O movimento está intenso e só vai aumentar com o tempo, já que vamos ficar aqui até às 3h. O que sai mais é pescada amarela, corvina, arraia. O quilo da corvina e da arraia estão por R$ 25, da pescada amarela por R$ 40 e do camarão R$ 40. É o que o povo mais procura”, declarou.
Assim como Nathalia, o vendedor Caíque Nascimento espera que as vendas atinjam a meta desejada para este ano. Ele contou que já vendeu 30% dos produtos até o momento.
“A expectativa é boa, mas ainda não o esperado. Está saindo mais camarão e corvina, de R$ 35 e R$ 25. Estão procurando também o peixe vermelho, que é R$ 50. A expectativa é que a gente consiga vender muito mais”, contou.
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Tradição
A atendente de ótica, Joselice Silva, garantiu a corvina para o almoço da Sexta-feira Santa. Para ela, a data é uma oportunidade de reunir a família. Ela estava com o filho Samuel, de 7 anos, que a acompanhou pela primeira vez na missão de buscar os melhores preços. Apesar da busca dos valores no Mercado do Peixe, Joselice optou em adiantar a compra por conta do movimento e correria no local.
“A expectativa está boa, o preço eu estou pesquisando, mas como tem muita correria, eu quero comprar logo. Escolhi a corvina e trouxe ele para aprender a comprar”.
Ainda segundo ela, além do peixe, não podem faltar as tradicionais iguarias baianas na mesa. “Eu faço um vatapá, caruru, feijão fradinho e o que não pode faltar também é a presença de Deus”, detalhou.
Aumento
Já o feirante Péricles de Jesus, saiu de Arembepe, em Camaçari, na Região Metropolitana, para adquirir os produtos na capital baiana. Na procura de preços mais convidativos, ele considerou as opções com valores elevados.
“A expectativa para o feriado é boa, mas os preços estão um pouco salgados. Devagarinho a gente vai comprando as coisas que precisa para a Semana Santa. O que não pode faltar é o caruru. Já compramos os quiabos”, declarou.
Junto à esposa Sandra Nascimento, Péricles contou que a escolha dos ingredientes faz parte da tradição familiar na Semana Santa. Além dos itens para o almoço, ele comentou também a alta do preço dos ovos de Páscoa.
“A tradição é fazer a comida e reunir a família e no domingo dar os ovos das crianças, que estou pesquisando e esse ano está puxado. Esse ano está tudo caro, ovo de R$ 40, R$ 50 para quem tem três filhos é difícil”, desabafou.
Em mercados e lojas de Salvador, os ovos de Páscoa custam entre R$ 9,99, com 90g, e R$ 85,99, com 500g. Entretanto, ainda há opções intermediárias de R$ 33,99, com 277g, e R$ 39,99, com 357 g.
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