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22/05/2024 às 8:00 • Atualizada em 22/05/2024 às 8:10 - há XX semanas | Autor: Madson Souza

Campanhas e mudanças de critérios aumentam adoções na Bahia

Adoção chegou a 170 crianças e jovens em 2023

Alexandre Rank, junto com os quatro filhos: João Carlos (5 anos), Ailton (10), Jailton (11) e João Paulo (13)
Alexandre Rank, junto com os quatro filhos: João Carlos (5 anos), Ailton (10), Jailton (11) e João Paulo (13) -

Amanhã completa um ano que o cabeleireiro Alexandre Hank realizou seu sonho e adotou quatro crianças. O sonho de ter um filho através da adoção tem crescido no Estado conforme dados do Conselho Nacional de Adoção e Acolhimento, do Conselho Nacional de Justiça. Em 2023, foram 170 jovens adotados na Bahia, já em 2022 foram 87 crianças e adolescentes.

A centralização do sistema de adoção, o investimento em adoção legal e campanhas de adoção são alguns dos fatores que explicam o aumento do índice. Essa centralização com atualização constante acontece através do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA).

“Esse sistema foi implementado em 2019 e ele faz a vinculação das crianças aptas à adoção com os pretendentes. Ele faz esse cruzamento de dados e quando tem uma criança disponível para adoção, ele próprio verifica, dentre os pretendentes habilitados, quem é que estaria na primeira posição. Isso acaba facilitando esse processo, porque antes tínhamos que fazer essas duas coisas separadas”, explica a psicóloga da coordenadoria da infância e juventude do judiciário baiano, Alessandra Meira.

Outro fator importante é o maior conhecimento do sistema de adoção e as campanhas que reforçam que a entrega direta - o nome dado para quando uma pessoa tem um filho e entrega para outra sem que a justiça saiba - é crime. Alessandra explica que há formas de fazer essa entrega de maneira legal.

“Tem que ser de acordo com a Justiça. Chamamos isso de adoção fora do cadastro. Para isso acontecer é preciso procurar a justiça, ver quais são os critérios e aí vai entrar com o processo. No processo vai haver todo um estudo e aí pode realmente se tornar uma adoção legalizada. Então não é simplesmente chegar e entregar”.

A adoção legal é importante, assegura a coordenadora, porque exige que os pais em potencial passam por uma série de procedimentos legais, incluindo investigação de antecedentes, avaliações psicológicas e visitas domiciliares, entre outros critérios.

VEJA TAMBÉM:

>>>Dia da Adoção: um olhar sobre as crianças que esperam por um lar

Buscas são maiores

Ainda existem 214 crianças para adoção no estado (conforme dados das 16h30 de ontem), além das 143 que já estão no processo. O número é pequeno em comparação com os 1.364 pretendentes disponíveis. A busca por crianças mais novas, sem irmãos e sem deficiência são alguns dos fatores que explicam porque há mais pessoas buscando adotar do que crianças para adoção.

No começo do processo, Alexandre também fazia parte desses números e buscava adotar uma menina de até dois anos. Após estudar o assunto, o cabeleireiro decidiu mudar de estratégia e abarcar crianças mais velhas e meninos também. Após algumas tentativas que deram errado, Alexandre encontrou seus filhos (João Carlos, 5 anos, Ailton, 10, Jailton, 11, João Paulo, 13; todos com sobrenome Caetano Hank) e não esquece deste momento.

“Quando eu cheguei para conhecê-los, o meu filho menor, de quatro anos, quando nos encontramos ele veio correndo e disse ‘pai, você veio, você veio!’. Levei um susto na hora, todo mundo assustou. Ele me abraçou, subiu no meu colo e não desceu mais. Ele só tinha quatro anos”. Alexandre conta que nunca imaginou ter quatro filhos, mas quando os viu juntos não restou dúvidas.

Ele fala das dificuldades no processo, por ser um pai solo e gay, mas que não se arrepende: “A adoção é a coisa mais maravilhosa que eu já fiz em toda a minha vida. Foi uma emoção muito grande. Posso garantir que eles são meus filhos, porque a gente tem uma ligação de amor, de família tão grande que eles conseguem entender o que eu quero dizer com o olhar, sabe?”

Passo a passo para adoção

1 - Procurar o fórum

Para se habilitar à adoção, pretendentes se inscrevem online no SNA. Com o protocolo gerado, se deslocam até a Vara da Justiça, local com competência em infância e juventude para a habilitação. Documentos necessários são listados no SNA

2 - Entrevistas

Pretendentes são entrevistados por equipe multidisciplinar. A conversa apura motivações do pretendente, expectativas, condições econômicas, rede de apoio, habitação, questões emocionais e outras

3 - Curso

Interessados em adotar devem participar de um curso de formação obrigatório.

4 - Busca da criança/jovem

Pretendentes são cadastrados no SNA, pela Vara da Infância e da Juventude e são feitas buscas conforme solicitado. Maiores as restrições no que pretendem adotar, mais difícil será encontrar uma criança disponível

5 - Encontro

Após conhecer a história da criança, o pretendente poderá encontrar-se com ela na própria Vara ou na entidade de acolhimento, conforme a decisão do juiz

6 - Adoção

O processo até que a criança seja levada para o novo lar deve ser definido respeitando o tempo dela. Além da emissão do laudo e documentos

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