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29/03/2023 às 0:00 • Atualizada em 29/03/2023 às 18:11 - há XX semanas | Autor: Priscila Dórea

ANIVERSÁRIO DE SALVADOR

Capital baiana evolui com trabalho e dedicação de anônimos

A TARDE destaca histórias de engenheiros para ilustrar multidão que atua na construção do desenvolvimento

Verena Ribeiro entrou na equipe de construção do Metrô de Salvador como estagiária, em 2014, e hoje é analista
Verena Ribeiro entrou na equipe de construção do Metrô de Salvador como estagiária, em 2014, e hoje é analista -

Valnei Pires Sapucaia, 40 anos, bem que poderia ser o personagem da música Cidadão (“Tá vendo aquele edifício, moço?”), do compositor Lúcio Barbosa, imortalizada na voz de Zé Geraldo, nos anos 70. “Tá vendo aquele colégio, moço? Eu também trabalhei lá”, poderia dizer Sapucaia. Com algumas diferenças: em vez de ser um cidadão excluído, que não chegou à universidade e na letra lamenta a falta de acesso a espaços que ajudou a construir, Valnei Pires Sapucaia orgulha-se de ter participado, como engenheiro da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) em Salvador, da construção de pelo menos oito escolas. E tem até o nome na placa de inauguração de uma delas.

Valnei é um dos personagens anônimos que erguem prédios, avenidas, terminais rodoviários e estações de metrô na Salvador de agora que hoje completa 474 anos. Com quase 700 mil quilômetros quadrados, Salvador foi construída por muitas mãos, algumas de gente conhecida e reverenciada na imprensa e nas redes sociais. A maioria, no entanto, é de personagens anônimos cujas histórias A TARDE resgata hoje, na figura destes engenheiros, para ilustrar a legião de pessoas que constroem, todos os dias, a cara do desenvolvimento da primeira capital do País.

“Na minha infância até o segundo grau, sempre estudei em escola pública, mas nunca frequentei uma com estrutura que fosse ao menos próxima das que as escolas que estão sendo construídas hoje. Então é uma felicidade imensa fazer parte disso. Me sinto realizado por ser parte de algo assim”, conta Valnei Pires Sapucaia. Ele faz parte da equipe das últimas oito escolas que o governo do estado planejou para Salvador.

A maioria delas já foi entregue, outras estão em suas etapas finais. Atualmente, Valnei está trabalhando como supervisor geral de obras da escola integral de Cajazeiras. Uma das últimas que o engenheiro entregou foi o Colégio Estadual Pedro Paulo Marques e Marques, em São Cristóvão, onde há uma placa com o nome de todos que participaram da obra, inclusive o dele. “O filho de um tio meu estuda nessa unidade e quando viu meu nome, mandou uma foto para meu filho e ele correu para me mostrar todo orgulhoso”, conta Valnei.

Uma placa com o nome dos que participaram da obra dessas escolas tem sido colocada em todas as novas unidades. Quem também já tem seu nome cravado na história da cidade é a engenheira civil da Conder, Neyde Mesquita Cerqueira, 55 anos. Superintendente estadual de obras da área de saúde, Neyde, que recentemente ajudou a entregar a Policlínica de Escada no subúrbio ferroviário, é responsável pela obra do Centro Educação, Inovação e Formação da Bahia (Ceinfor), na Silveira Martins, voltada ao ensino técnico de profissões da área de saúde.

“Cada obra é um novo desafio e ainda que ao longo desses anos como engenheira nenhuma obra nunca tenha sido igual a outra, sempre é um orgulho muito grande quando a gente conclui, entrega e vê o uso a que ela se destina. E essa obra da Silveira Martins é ainda mais especial, afinal são duas construções”, conta a superintendente. No grande terreno onde o Ceinfor está sendo construído ficava antiga sede da Oi, e ao lado do centro educacional, também sob a supervisão de Neyde, está sendo construído o Hospital Ortopédico do Estado (HOE) que, quando concluído, será o maior hospital ortopédico do Brasil.

“Uma das melhores sensações quando obras como essas são realizadas e entregues é, no dia da inauguração, ver as pessoas entrando nesses espaços orgulhosas por estarem ali, felizes afirmando que vão chegar em suas ruas dizendo que conheceram o lugar, que vão estudar ali ou que vão se consultar ali. É muito gratificante, né?”, afirma a superintendente.

Satisfação

“Olhar para o projeto como um todo e ver o quanto pude contribuir para que todos possam usufruir de maneira segura e ágil, é realmente um motivo de muita honra”, afirma a engenheira civil Verena Ribeiro, 29 anos. Ela entrou na equipe de construção do Metrô de Salvador como estagiária logo no início do projeto, em 2014, e hoje é analista. Ela fez parte da equipe que avaliou a fundação, analisou projetos civis, participou da finalização do projeto, da implantação e da manutenção das estruturas.

“Hoje estou na área de Contrato de Concessão, e de lá para cá já são quase 9 anos. Realmente ele é motivo de muito orgulho para mim. O sentimento é de pertencimento e gratidão, pois foi e é uma escola para meu crescimento profissional, diante dos aprendizados que tenho e tive, mas também segue contribuindo para meu crescimento pessoal, graças as trocas diárias com meus colegas e clientes”, explica Verena.

Já em outro modal, o BRT de Salvador, temos o engenheiro elétrico João Gustavo Muccini, 67 anos, que trabalhou nas obras do Hospital Municipal de Salvador e do Centro de Convenções, e hoje é diretor de Implantação de Obras Especiais na Superintendência de Obras Públicas do Salvador (Sucop). “Projetos do porte do BRT sempre são gratificantes, pois logo de início visualizamos claramente os benefícios que serão incorporados à mobilidade do cidadão que vai utilizar o serviço público, mas também pelas melhorias no fluxo de tráfego de veículos em geral”, aponta.

As obras do BRT vêm sendo acompanhadas desde o início pelo engenheiro elétrico de 72 anos, Roberto Moussalem, que em 2013 foi convidado para assumir a coordenação do projeto de Rede Integrada de Transporte (RIT). “Foi muito importante acompanhar e coordenar todas as discussões com as comunidades, o que enriqueceu ainda mais o projeto que, na época, ainda estava em desenvolvimento”, pontua.

“Fui participando do andamento e ficando cada vez mais orgulhoso, pois tenho consciência do quanto é importante para a cidade e para os habitantes de Salvador. É um projeto pelo qual sou apaixonado, que se preocupa com a qualidade do serviço prestado e, principalmente, com a inclusão de todos os cidadãos que utilizam o sistema. O BRT é a maior obra de mobilidade para a cidade nos últimos anos e hoje fico muito feliz de ver os primeiros resultados, que até superam as nossas expectativas”, enfatiza Roberto.

Atender demandas e evoluir são desafios na construção da cidade

Fazer parte da construção e do crescimento de uma cidade – em especial de uma Salvador e seus 474 anos –, é algo que demanda tempo e esforço, mas também conhecimento sobre aquilo que pode ser feito e o que a cidade precisa.

“E tudo isso é muito gratificante, pois trabalhar com algo que causa impacto na sociedade, esse que podemos ver, literalmente, acontecer dia a dia, é algo realmente incrível”, afirma o gestor do Habitat de Startups do Senai/Cimatec Vilson Alves, 34 anos, que é advogado e economista.

Vilson atua em diversos programas que têm como objetivo resolver desafios da cidade, fazendo uma gestão de inovação aberta. Um dos mecanismos usados é a Chamada Temáticas onde desafios propostos por grandes corporações ou pela própria Prefeitura de Salvador, são lançados e divulgados para que startups daqui e de todo o Brasil proponham soluções.

Uma delas é a Chamada Cidade Zero Carbono, a qual os testes das startups selecionadas se encerram nos próximos dias e que busca encontrar soluções para reduzir a emissão de gases do efeito estufa.

“Realizamos muitos outros trabalhos necessários para colocar Salvador no futuro e só vamos conseguir isso se incorporarmos tecnologia no que fazemos. Por isso fico muito feliz por ser um empreendedor que apoia outros empreendedores que também desejam isso. Falamos muito sobre Salvador ser um polo de criatividade, então faz muito sentido nos habilitarmos ainda mais e exportarmos nossa criatividade e inteligência. Para Salvador, em seu aniversário de 474 anos, eu desejo não só que ela seja uma cidade com uma história linda, mas com um futuro bastante promissor, assim como a gente trabalha para ser”, deseja Vilson.

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