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SALVADOR

Capital baiana teve inverno mais intenso em 49 anos

Por Yuri Silva

18/10/2017 - 0:00 h | Atualizada em 18/10/2017 - 12:02
Velocidade média do vento atingiu a marca de 5,4 km/h
Velocidade média do vento atingiu a marca de 5,4 km/h -

Análises feitas pelo Grupo de Oceanografia Tropical da Universidade Federal da Bahia (Ufba) identificaram que Salvador passou, no trimestre de junho a agosto de 2017, pelo inverno mais rigoroso dos últimos 49 anos. Apenas o mesmo período de 1968, constata a pesquisa, foi mais frio na capital baiana.

Neste ano, a temperatura média foi de 23,1 °C, valor 0,8 °C abaixo da média registrada nos últimos 30 anos para este trimestre. Já em 1968, o número chegou a 22,9 °C, quando os termômetros mediram um valor 1,0 °C abaixo da média.

A mínima, em 2017, foi de 17,6 °C, no dia 30 de julho, explica o coordenador da pesquisa, Guilherme Lessa.

Professor do curso de oceanografia e da pós-graduação em geofísica, do Instituo de Geociências, ele explica que o estudo foi feito por curiosidade, para comprovar se a percepção popular de um inverno mais frio era comprovada na prática.

Para tanto, usou como base dados de temperatura e chuva levantados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) na estação meteorológica de Ondina, registros de vento feitos pela Aeronáutica no Aeroporto de Salvador e dados de ondas monitoradas pela Ufba e pelo Projeto Tamar.

A partir desses indicadores, detalha o pesquisador, uma média do trimestre junho-julho-agosto nos últimos 30 anos foi feita, servindo como parâmetro para os dados atuais.

"Com base nisso, conseguimos mostrar as anomalias positivas e negativas em relação à média", explicou Lessa.

Ondas gigantes

Além da temperatura baixa, revela ele, as ondas tiveram a maior altura média da série histórica, que teve início em 2014. A média registrada, de 2,3 metros, foi 0,5 metros maior do que em 2015, segundo ano no ranking de ondas. Em 2017, conforme a medição, a mais alta chegou a 5,8 metros.

Para o professor Guilherme Lessa, "a situação do mar foi influenciada pelas condições de vento local".

Considerando apenas junho, destaca ele, a velocidade média do vento atingiu a marca de 5,4 quilômetros por hora, valor superior à média e o maior já registrado durante a série.

Ele explica, ainda, que a severidade do inverno soteropolitano em 2017 "parece ter ocorrido ao longo de todo o litoral brasileiro, já que registros de erosão urbana pelas ondas e inundações costeiras foram relatadas em várias regiões".

Lessa prefere, entretanto, não cravar uma motivação para a intensificação do clima frio nesse período.

"Isso tem sido explicado como consequência do aquecimento global, mas não estou dizendo que é isso que está acontecendo em Salvador", pondera o pesquisador da Ufba.

Apesar do frio, ele conta que o total acumulado de chuva no inverno de 2017 foi um dos mais baixos no registro histórico, 175 milímetros menor que a média.

Essa contradição, afirma, deve-se a frentes frias, que trazem a umidade para a cidade mas não necessariamente causam chuva. "Tem a umidade ali no ar, mas ela não precipita", explica ele.

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