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SALVADOR

Casarão era convento de freiras

Por Mary Weinstein, do A TARDE

25/05/2008 - 21:42 h

Do curso de psicologia, que funciona em São Lázaro, a professora Ana Lúcia Ulian sugeriu que o espaço, que começa a ser cercado por prédios de luxo, seja vendido “à especulação imobiliária” e que “prédios decentes” sejam construídos no campus de Ondina. Ela lembrou que há anos houve uma luta para se tombar o prédio e que foi constatado que não havia valor na casa. Mas fez questão de frisar que defende o tombamento de “patrimônios históricos”.

O professor aposentado do mesmo departamento Mário Henriques Nascimento diz que “todos os países civilizados valorizam o seu passado”.
E conjecturou: “Você imagine destruir os prédios do Quartier Latin (Paris). Este prédio aqui é histórico. Tem toda a razão de ser”.

Sizininha Simões Abreu, aposentada, que estudou no Colégio das Mercês, conta que ali foi um convento de freiras ursulinas. “Era onde se estudava para ser freira. Elas desciam para tomar banho em Ondina”, detalha. “Depois, Luiz de Sena, meu pai, trabalhou com Dr. Anísio Teixeira, no Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, e ele montou um centro regional de pesquisa ali. Esse prédio passou a ser do Ministério de Educação”, contou Estela Sena, que morou na casa hoje sede da faculdade.

O professor da Faculdade de Medicina Antônio Nery apóia o tombamento dos sete prédios e ressaltou a importância de manter o patrimônio e promover a sua conservação, que ficará a cargo da própria Universidade.
“Estou tomando conhecimento dessa iniciativa do reitor agora. Considerando a pressão exercida pelo mercado imobiliário, é muito importante. Já havíamos contatado o Iphan, e obtivemos uma resposta desanimadora. Esperamos que não deixe de ser residência”, disse Aldair Sampaio, que cursa engenharia ambiental e mora na residência da Vitória.

“O tombamento, na nossa opinião, é válido porque registra a memória arquitetônica. Do meu ponto de vista, é possível a convivência de um empreendimento e um prédio antigo, como fizemos no Morada dos Cardeais”, disse o arquiteto André Sá, autor do projeto do Morada dos Cardeais, no Campo Grande.

O diretor da Câmara Brasileira da Indústria da Construção e proprietário da Imobiliária Brito & Amoedo, Luis Augusto Amoedo, lamentou que a sua categoria não tenha sido consultada. “Poderia buscar uma melhor solução. O governo tomba mas não tem dinheiro para manter. Essa casa da Vitória está acabada. Talvez fosse melhor fazer uma coisa moderna para os universitários, para que pudessem viver dignamente”, disse. Você pode vender e fazer uma cláusula de preservação da casa, como no edifício Leonor Calmon.

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