Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > bahia > SALVADOR
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

SALVADOR

Centro de Salvador é o novo "Chinatown"

Por Luana Almeida

13/04/2014 - 14:35 h | Atualizada em 13/04/2014 - 14:47
China 2
China 2 -

O relógio marca 9h e seu China chega, na ponta do pé, como na famosa marchinha de Carnaval Lig, lig, lé, para abrir as portas da sua loja de decoração, que funciona na avenida Carlos Gomes, no centro de Salvador.

Em 1980, ano de inauguração, o estabelecimento dele era o único da redondeza comandado por um descendente de oriental. Hoje, é impossível contar nos dedos o número de lojas de propriedade de asiáticos instaladas em toda a região.

Em um rápido passeio pelas avenidas Sete de Setembro e Joana Angélica, a reportagem de A TARDE conseguiu identificar pelo menos 20 lojas com pessoas de olhos puxados por trás dos balcões.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, em 2010, havia cerca de 250 japoneses e chineses instalados em Salvador. No entanto, a julgar pela proliferação de lojas de artigos importados, o que se observa é que esse número pode ter triplicado, o que confere ao centro o status de Chinatown baiana.

Registros do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas) demonstram que, entre os mais de 1.500 comerciantes da área, pelo menos 200 proprietários de estabelecimentos comerciais são originários, principalmente, da China e Japão.

"É uma presença importante no comércio de Salvador há alguns anos. Agora, eles são empresários já consolidados no nosso mercado e representam forte concorrência para o comércio da cidade", afirmou o presidente do Sindilojas, Paulo Motta.

E as mercadorias vendidas, que antes se resumiam a equipamentos eletrônicos - os conhecidos "xing-lings" -, hoje são diversificadas e incluem peças de vestuário, bijuterias, objetos de decoração, artesanato, bolsas, sapatos, cosméticos e peças de cama, mesa e banho.

Apostar na diversidade de mercadorias, segundo Motta, é uma forma de seguir uma tendência do mercado. "Com o passar dos anos, os orientais passaram a observar os hábitos do soteropolitano. Dessa forma, ampliaram as atividades e começaram a investir em diferentes públicos e necessidades", completou.

Mercado - Foi em busca de uma nova forma de sustento que a família de Wu Ching Long, 50 anos, o seu China, da loja de objetos de decoração, deixou a cidade de Macau há quase 100 anos para fixar residência em Salvador.

Na época, o avô dele trouxe da China modernas máquinas de lavar roupa e foi um dos pioneiros no ramo de lavanderias da capital baiana. Com a popularização dos eletrodomésticos, a família Wu decidiu investir no comércio de variedades e, hoje, possui cinco lojas. "Encontramos na Bahia um novo lar e um lugar propício para os negócios", contou Ching Long.

A identificação com a cidade é tanta que voltar "a Xangai para buscar a Butterfly" está fora dos planos dele. "Meus filhos já estão na universidade, têm a vida deles, eu tenho a minha. Voltar, agora, só a passeio", afirmou.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
China 2
Play

Veja o momento que caminhão de lixo despenca em Salvador; motorista morreu

China 2
Play

Traficantes do CV fazem refém e trocam tiros com a PM em Salvador

China 2
Play

Rodoviários reivindicam pagamento de rescisão no Iguatemi

China 2
Play

Vazamento de gás no Canela foi ato de vandalismo, diz Bahiagás

x