ACIDENTE
Cliente atingido por teto do Hiperideal detalha susto: “perplexo"
Vítima atingida pela queda da estrutura disse que rede ainda não prestou apoio
Por Flávia Requião
O que era para ser apenas uma manhã comum de compras quase acabou se transformando em tragédia, com no mínimo, um grande susto. Harley Henriques, um cliente assíduo da rede Hiperideal foi um dos atingidos pelo teto que caiu na manhã de sábado, 30, na filial da avenida Vasco da Gama, em Salvador.
Em conversa exclusiva com o Portal A TARDE, Harley relatou que o primeiro sinal de receio ocorreu após ele ouvir gritos de uma atendente. Sem entender ao certo a situação, o administrador de empresas pensou se tratar de assalto ou algo semelhante, mas logo percebeu que era a fragilidade do teto, que desabou em apenas duas semanas após inauguração da loja.
“Eu cheguei lá, eu acredito que umas 11h50 [...] para fazer pequenas compras porque eu moro próximo. Fiz as compras e me dirigi ao caixa, eu cheguei a pagar, [a atendente] me devolveu o cartão, eu guardei e eu só ouvi o grito da caixa. Ela deu um grito muito grande e gritou ‘Meu Deus’. Eu tomei um susto, achei que era talvez um assalto, tiro e quando eu olhei eu vi o teto vindo, desmoronando todo em cima da gente, de mim. A minha reação imediata foi correr”, contou.
Com a queda da estrutura, Henriques acabou ficando preso entre os destroços e uma porta de vidro, o que resultou em ferimentos nos braços e nas suas pernas. Mais tarde também ele descobriu um trauma no joelho, que está sendo investigado em consulta médica neste domingo, 31.
“Com um pouco de força eu consegui sair e vi que eu estava sangrando. Tinha gente chorando do lado de fora e eu fiquei meio perplexo sem entender”, disse, acrescentando que um idoso também teria sido atingido na região da coluna.
O cliente detalhou ainda que mesmo com os machucados pelo corpo e todo o susto, o mercado não prestou acolhimento a ele e aos consumidores que presenciaram o acidente.
“Eu mostrei para o pessoal do supermercado que eu estava sangrando, mas não falaram nada, não fizeram nada. Não falaram ‘vamos levar o senhor para o médico, uma assistência, vou chamar um médico’, nada disso”.
Harley também afirmou ter tentado conversar com uma supervisora que se encontrava no local, mas ela alegou não ter informações sobre o que seria feito.
O administrador contou que, como frequentador do estabelecimento, essa não foi a primeira situação que ele assistiu.
“Começou uma chuva intensa em Salvador, há pouco tempo, e eu presenciei uma cachoeira de água vindo do teto. [...] Não pequena, uma grande vindo do teto, tomei um susto”, acrescentou.
Harley disse acreditar que o motivo do incidente foi possivelmente a infraestrutura ter sido feita às pressas e adiantou que vai acionar medidas judiciais contra o caso.
“Eu podia estar sem andar, podia ter morrido. É uma coisa de muita irresponsabilidade do estabelecimento. Então já acionei o meu advogado e vou sim entrar com as medidas judiciais, porque vai servir como exemplo inclusive para outros, para que não ocorra mais”, enfatizou.
A reportagem do Portal A TARDE segue tentando um posicionamento do supermercado, mas até o momento, não obteve retorno.
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