Com aumento de casos, soteropolitanos buscam a 3ª dose da vacina | A TARDE
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Com aumento de casos, soteropolitanos buscam a 3ª dose da vacina

A maioria das vacinas aplicadas na capital baiana nesta quarta foram da dose de reforço

Publicado quarta-feira, 12 de janeiro de 2022 às 13:05 h | Atualizado em 12/01/2022, 13:44 | Autor: Daniel Genonadio

O avanço da variante ômicron, após as festas de final de ano, fez com que 2022 chegasse junto com um novo surto de Covid-19 em todo o Brasil. Na Bahia não é diferente e após semanas de estabilidade, o estado voltou a registrar um aumento no número de casos da doença, que voltaram a um patamar equivalente ao de agosto do ano passado. Esse novo momento fez com que os moradores da capital baiana aumentassem a procura pela dose de reforço. 

Na manhã desta quarta-feira, 12, foi registrada uma longa fila de carros para a vacinação na Arena Fonte Nova, em Salvador, como não era visto há algum tempo. O local, um dos principais pontos de imunização da cidade, segue com a aplicação de terceira dose para aqueles que completaram quatro meses após a segunda dose. O imunizante utilizado é o da Pfizer. 

De acordo com dados atualizados pela Secretaria Municipal de Saúde, somente até às 13h desta quarta-feira, 12.517 pessoas se vacinaram contra a Covid-19 em Salvador. Destas, 9.245 foram dose de reforço. Pesquisas indicam que uma terceira dose aumentas as chances de evitar o contágio pela variante ômicron, apesar de pessoas com duas doses dificilmente desenvolverem casos graves da doença. 

O administrador José Eduardo Victorino, de 54 anos, foi um dos que não perdeu tempo e correu atrás da sua dose de reforço. Ele estava apto a receber a terceira dose desde o dia 9 de agosto, conseguiu um tempo livre e foi à Arena Fonte Nova. Na visão dele, falta colaboração da população para evitar novos contágios. 

"A gente tem que se vacinar. A vacina em si não protege 100% e o resto é não fazer bobagem, como as pessoas estão fazendo. Tem muita gente que toma a primeira dose e quer cair na farra. Acha que pode fazer tudo sem se proteger. O problema é educação e não importa o sistema político, A segurança está em tomar a vacina e se proteger. Mesmo tomando a vacina temos que nos cuidar", falou ao Portal A TARDE. 

Fila de carros para o drive da Arena Fonte Nova foi grande desdes as primeiras horas do dia
Fila de carros para o drive da Arena Fonte Nova foi grande desdes as primeiras horas do dia |  Foto: Rafaela Araújo | Ag. A TARDE
 

A corrida pela terceira dose não é algo exclusivamente de Salvador. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a procura pela dose de reforço contra a doença disparou nos últimos dias no Brasil e o o número diário de vacinas aplicadas no país é o maior desde o início dessa fase da campanha.

De acordo com a reportagem, as buscas pelo termo "terceira dose" no Google dobraram entre a última semana de dezembro e a primeira de janeiro. O interesse por todas as palavras relacionadas ao assunto, como "terceira dose Pfizer" e "dose de reforço Covid", teve um aumento repentino.

Já a vendedora Suede Soares, de 56 anos, atrasou em um mês a sua dose de reforço, mas foi após ter testado positivo para Covid-19 no dia 2 de dezembro. Hipertensa, ela passou pela doença com sintomas leves e creditou a vacinação o seu quadro não ter evoluído para mais grave. 

A vendedora apontou as festas do final de ano como catalisadores do aumento no número de casos. "Falta de consciência das pessoas que estão em festas, principalmente os não vacinados. Isso tudo é consequência da imprudência da população.  Não é por isso [terceira dose] que vou deixar os cuidados. Trabalho com o público e a cautela tem que ser maior". 

"Tenho colega que não se vacinou e não tem interesse em se vacinar. É uma falta de respeito com o próximo. Falta humanidade, são pessoas egoístas", acrescentou a vendedora. 

Em Salvador, 591.542 pessoas receberam a dose de reforço contra a Covid-19. Ao todo, 1.978.951 estão completamente vacinados na cidade, com pouco mais de 190 mil com a segunda dose atrasada. 

Pode tomar a dose de reforço aqueles com quatro meses da segunda dose
Pode tomar a dose de reforço aqueles com quatro meses da segunda dose |  Foto: Rafaela Araújo | Ag. A TARDE
  

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