CRÔNICO
Com problemas, moradores reclamam da velha Salvador
Postes enferrujados, problemas em asfaltos, falta de banheiros químicos e som alto estão entre as mazelas
Por Priscila Dórea
Com os antigos problemas crônicos sem resolução, Salvador tem acumulado mazelas e isso vem deixando moradores e comerciantes descontentes com o modo como a gestão municipal cuida da cidade. Entre postes enferrujados, desrespeito diário da Lei do Silêncio e até o crescimento de motoristas clandestinos, bairros de Salvador têm cultivado, a contragosto, um caos próprio com cada região repleta de problemas.
“Realmente não sei o que eles têm na cabeça, em pleno século 21 devem existir materiais melhores para usar em uma cidade de praia e salitre. Esses postes enferrujam cada vez mais rápido e quem fica correndo perigo é o cidadão que precisa passar perto deles todo santo dia”, afirma a autônoma Maria Consuelo Freitas, que passa com medo diariamente pela Rua Amazonas, na Pituba (atrás do Habib’s), onde postes parecem enferrujar com facilidade.
Trabalhando numa banca na região há cerca de 20 anos, Ivan Cláudio explica que além dos postes, a mudança de localização de uma placa sinalizando que a área é escolar é uma tragédia anunciada. “Qual o sentido de colocar uma placa sinalizando que há uma escola na região, colocada na frente da escola e logo depois de uma curva rápida e perigosa? Essa placa deveria vir bem antes para alertar os motoristas. Muitos alunos atravessam o dia inteiro para lanchar, é muito perigoso”, alerta o comerciante.
Já na região do Rio Vermelho impera o desrespeito à Lei do Silêncio, afirma a presidente da Associação dos Moradores da Rua Monte Conselho (Rio Vermelho), Edna Delmondes. “Sei que o bairro é boêmio, mas também há lares nele, então a lei deve ser obedecida. Vez ou outra os bares e restaurantes são autuados, mas não param. Desde que tiraram o mercado do peixe e colocaram a Vila Caramuru, a situação só piorou, e não só no final de semana, é Carnaval quase todo dia”.
A reportagem do A TARDE entrou em contato com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), responsável por autuar quem desrespeita a Lei do Silêncio, mas até o fechamento da reportagem não obteve retorno.
Fiscalização
Outro problema que cresce é o caos no trânsito na area de embarque e desembarque do Aeroporto, afirma Reginald Cohim, taxista e relações públicas da Cooperativa Metropolitana de Salvador (Comtas). “O transporte clandestino no Aeroporto tem se tornado crônico e não parece que vai acabar tão cedo. São motoristas sem qualquer filiação que burlam a fiscalização e oferecem transporte aos passageiros, se chamando até de 'Uber Imediato'. Porém, é importante ressaltar que eles não têm cadastro algum nos aplicativos. São clandestinos, o número deles só cresce e a Transalvador não faz nada”, explica.
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