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SALVADOR

Comércio nos bairros populares da capital aproxima moradores

Por Mary Weinstein

14/01/2012 - 18:59 h | Atualizada em 22/01/2021 - 0:00

Enquanto moradores das áreas mais centrais da cidade ou habitadas predominantemente pelas classes média e alta optam pelos shopping centers, os que residem nos bairros mais afastados, apesar de também frequentá-los, mantêm um comércio vigoroso perto de casa. Há bairros onde tudo se compra, e onde tudo se vende.

Em Pernambués, que fica além do Viaduto Nelson Dahia, e que se expande entre a área posterior da Rodoviária e o Cabula, as lojas têm o jeito das quitandas de antigamente, onde da calçada se chega ao balcão e se pede o que se quer. Na Av. Thomaz Gonzaga, a principal, que concentra o maior número de estabelecimentos comerciais, encontram-se colchões ortopédicos e do tipo box, material de construção, incluindo pisos de cerâmica, sofás coloridos, sapatos de plástico, minissupermercados e mais uma porção de itens.

Márcia de Oliveira Santos, de 37 anos, quatro filhos, produz salgados – coxinhas, rissoles, bolivianos – para vender em uma barraca que montou perto de uma passarela que dá acesso a um shopping da região. “Roupa, eu compro aqui mesmo. Por sinal, estou indo em uma loja mais para lá, comprar o presente de meu irmão que fez aniversário”, apontou.

Na esquina da Rua Direta, do fim de linha dos ônibus, com a Avenida Edson Carneiro, José Raimundo dos Santos amola facas e tesouras, a R$ 3,50, e faz chaves, a R$ 2,50. Perto dele, em um jarro de plástico, está um ramo bem servido de arruda (para afastar mau olhado).

Entre uma avenida e outra, é possível contar cinco consultórios de dentistas, com enormes anúncios de sorriso perfeito, e até de implantes. Rose Almeida, dona de uma loja de produtos naturais, pagou R$ 1.200 pelo tratamento que fez. No estabelecimento dela, há todos os tipos de chá. Mas não tem macarrão integral. “Depois das festas, acabou tudo. O movimento agora é zero”, justificou.

A maioria dos pontos comerciais tem nomes desconhecidos pelo grande público da cidade. As cadeias de lojas de eletrodomésticos ainda não chegaram por lá. Há Milly & Joy, de roupas; Mercadinho Beija-flor; pet shop O Sertanejo; Dan Import, com ventiladores, bolas de futebol, velocípedes e panelas de pressão; Mundo das Utilidades; Mundo do Surf; Alto Visual; Real Bijoux e outras.

Na Ketellym, de Cristina Barros, seis manequins comprados em Feira de Santana exibem a última moda. “Faço entre R$ 250 e R$ 300 por dia. Investi R$ 3 mil”, disse a proprietária. Ela mostra vestidos a R$ 48 e calças a R$ 70, comprados para revender na Feira de Caruaru, Pernambuco. “O Natal foi bom!”, declarou. O nome da loja, ela conta que tirou da filha de uma amiga. O próximo passo de Cristina é conseguir ir buscar novidades em São Paulo.

Dois em um - O comércio nos bairros da Fazenda Grande do Retiro e de São Caetano se fundem: onde acaba um começa o outro. Em ambas as localidades, há o cheiro das panificadoras, do frango rodando nas vitrines dos fornos colocados nas calçadas e pagode tocando nos carros de som.

Também os cultos religiosos ocupam espaço, como a Igreja Batista Impacto Espiritual e a Universal de Deus. “Frequento as duas”, revelou o pedreiro Pedro Jucá.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde deste domingo, 15, ou, se você é assinante, acesse aqui a versão digital.

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