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Desempenho de Jair Bolsonaro é pior avaliado na capital

Publicado sábado, 18 de abril de 2020 às 02:00 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Rodrigo Aguiar
Entrevistados definiram como regular atuação do Congresso | Foto: Agência Senado | Divulgação
Entrevistados definiram como regular atuação do Congresso | Foto: Agência Senado | Divulgação -

O desempenho do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento ao coronavírus é melhor avaliado no interior da Bahia do que em Salvador, segundo pesquisa realizada por meio de parceria do jornal digital Poder360 com o Grupo A TARDE, com patrocínio da Associação Comercial da Bahia (ACB).

24%

Na capital, 48% consideram ruim ou péssimo o trabalho do presidente no enfrentamento à pandemia, 25% apontam como regular e 24% afirmam que é ótima ou boa a atuação do chefe do Palácio do Planalto. No interior do estado, 33% avaliam que Bolsonaro conduz bem a atual crise, 32% classificam o desempenho como ruim e 31% definem a atuação como regular. No Brasil, 37% afirmaram que o trabalho de Bolsonaro é ruim ou péssimo, 34% disseram que é bom e 27% declararam que é regular.

Coordenador da divisão de pesquisas do DataPoder360, o cientista político Rodolfo Costa Pinto afirma que há, em âmbito nacional, uma “inversão” na base de apoio de Bolsonaro, que vai perdendo o respaldo de setores mais ricos, que estiveram com ele na eleição. Ao mesmo tempo, o presidente tem conseguido fidelizar camadas mais populares, segundo o cientista político.

“Bolsonaro perdeu parcela significativa do apoio da elite e está ganhando fidelidade em um voto de uma classe média que ascendeu com o PT. Seguramente, há uma parcela significativa de pessoas que votaram no PT, ficaram frustradas e se identificam hoje mais com Bolsonaro do que com a oposição”, diz.

Ele destaca que a crise do coronavírus tem feito subir a aprovação de diversos líderes mundiais, o que não ocorre com o presidente brasileiro. Bolsonaro, entretanto, conseguiu manter um patamar de relativo apoio na sociedade, de acordo com Rodolfo. “Bolsonaro não teve aumento do apoio, mas, apesar da crise, não teve queda significativa”, afirma.

Rodolfo também destaca a correlação entre a avaliação geral de Bolsonaro e a análise sobre o desempenho presidencial no enfrentamento à pandemia, dados os índices muito próximos. “Essa é mais uma interrogação, saber o que vem primeiro: se o apoio ao presidente é que direciona ou se o desempenho dele [em relação ao coronavírus]. É aquela história do que vem primeiro: o ovo ou galinha. Talvez com mais algumas pesquisas isso fique mais claro”, diz.

No Brasil, o governo Bolsonaro tem 36% de ótimo/bom, 33% de ruim/péssimo e 28% de regular. Na Bahia, 33% dos entrevistados definiram o governo como bom ou ótimo, outros 33% classificaram como ruim ou péssimo e 27% afirmaram que é regular. Em Salvador, são 44% de ruim/péssimo, 26% de regular e apenas 23% de bom/ótimo.

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Mandetta

O trabalho de Luiz Henrique Mandetta, ainda ministro da Saúde à época do levantamento, é bem avaliado. No Brasil, 64% consideraram ótimo ou bom o trabalho do então ministro, 29% definiram como regular e 4% avaliaram como ruim ou péssimo. Entre os baianos, a avaliação de Mandetta à frente do Ministério da Saúde é semelhante: 66% de ótimo/bom, 24% de regular e 5% de ruim/péssimo. Em Salvador, o então ministro teve seu trabalho ainda melhor avaliado: 69% de ótimo/bom, 25% de regular e 4% de ruim/péssimo.

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Bolsonaro vem perdendo apoio entre os mais ricos | Foto: Carolina Antunes | PR | 6.3.2020

Congresso

Também foi questionada a opinião dos entrevistados sobre o Congresso. Entre os brasileiros, 41% afirmaram que o trabalho dos parlamentares é regular, 29% disseram que é ruim ou péssimo e 25% declararam que é ótimo ou bom. Na Bahia, 40% avaliaram como regular, 28% como ótimo/bom e 25% como ruim/péssimo. Em Salvador, 50% consideraram regular o desempenho, 25% disseram que é ruim/péssimo e 19% afirmaram que é ótimo/bom.

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