SALVADOR
Documento de representação é entregue ao MP após caso de racismo em banco
Por Da Redação | Foto: Divulgação | Anderson Jamaica
Representantes das Comissões de Igualdade Racial e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e do Movimento Negro, entregaram na tarde desta quarta-feira, 27, na sede do Ministério Público da Bahia (MP-BA), localizado em Nazaré, em Salvador, um documento de representação sobre o caso de Crispim Terral, vítima de racismo em uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF), no último dia 19.
O documento foi recebido pela promotora do MP-BA, Dra. Lívia Vaz, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (GEDHDIS).
O grupos se reuniu na sede do MP-BA por volta das 14h30, onde realizou ato público de entrega da representação do caso. Em seguida, saíram em direção ao Jardim Baiano.
O caso
O empresário Crispim Terral denunciou o caso de racismo que sofreu em uma agência da Caixa Econômica Federal, localizada no Largo do Relógio de São Pedro, em Salvador, na última segunda, 25.
Conforme relato, no dia 19 deste mês, ele teria ido ao banco solicitar um comprovante de pagamento de dois cheques efetuados pela Caixa. Quando os policiais avisaram que ambos teriam que se dirigir à delegacia, foi exigido que Terral fosse algemado.
No vídeo, registrado pela filha de 15 anos do empresário, é possível um policial imobilizando e utilizando uma técnica de "mata-leão" na vítima. A Polícia Militar da Bahia (PMBA), informou, por meio de nota, que os agentes abordaram Terral e solicitaram que ele acompanhasse a guarnição, após o mesmo recusar deixar a agência depois do término do expediente.
Ato na agência
Por causa da repercussão, um protesto organizado por militantes de entidades negras foi realizado na terça, 26, em apoio a Crispim Terral, que conseguiu entrar na área interna da agência acompanhado de três advogados e ressaltou a importância da manifestação.
"Todo esse apoio que recebo fez eu me sentir abraçado. Me emocionei ao chegar aqui. Não tenho palavras para dizer no local onde fui excluído pela cor. Nunca senti isso. Ouvia só relatos sobre o racismo. Mas eu vivi esse momento e é muito doloroso”, disse o empresário.
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