'Dr. Vacina': com seringa gigante, artista leva doses de alegria para filas de vacinação | A TARDE
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'Dr. Vacina': com seringa gigante, artista leva doses de alegria para filas de vacinação

Publicado quinta-feira, 17 de junho de 2021 às 06:00 h | Autor: Felipe Fonseca
Dr. Vacina leva arte, sorrisos e esperança para o público nas filas | Foto: Olga Leiria / Ag. A TARDE
Dr. Vacina leva arte, sorrisos e esperança para o público nas filas | Foto: Olga Leiria / Ag. A TARDE -

Vestido de branco e com uma seringa de mais de dois metros debaixo do braço, o artista plástico Adilson Guedes, 55, apelidado nas ruas de Dr. Vacina, sai de casa diariamente às 6h, para “levar doses de alegria para as pessoas”, como ele mesmo diz.

Após ter seu trabalho afetado pela pandemia, vender o carro e ficar parado por mais de um ano, Adilson assumiu o personagem e decidiu ir às ruas com uma apresentação itinerante, para levar arte, sorrisos e esperança ao público da vacinação, e assim obter recursos para o sustento da família.

Antes da pandemia, Adilson recepcionava turistas de cruzeiros juntamente com outros cinco parceiros, entre artistas e músicos. Mas, desde março, ele anda pelas ruas da capital se apresentando. Normalmente, é visto nas filas dos drives de vacinação cantando versos e rimas, dançando e entretendo as pessoas.

“É com a vacina que a cidade se anima” e “não tem palco, mas tem rua, e a arte e a música continuam”, são alguns dos jargões que o artista repete nas apresentações.

Ao final das performances, o Dr. Vacina circula entre as pessoas e carros com um pequeno balde, que ele batizou de ‘mini balde pidão’, que possui uma haste de 60cm para manter o distanciamento social, onde ele recebe as colaborações.

Surpresa do público

É comum as pessoas que avistam o Dr. Vacina pensarem que ele faz parte de uma das equipes de animação dos postos de vacinação. Diego Mendes, 37, técnico de segurança do trabalho, foi se vacinar nesta quarta, 16, e relatou a impressão. “Achei bacana a iniciativa, quando soube que é um artista independente, fiquei mais feliz ainda”, comentou.

O empresário Mário Cordeiro, 50, também compartilha a surpresa. “Na hora, eu pensei que era um funcionário da prefeitura, só depois entendi que não, mas trouxe um momento de alegria em meio aos tempos difíceis”, disse.

Para o Dr. Vacina, o maior reconhecimento é poder levar alegria através da arte. "Com esse momento, eu busco fazer uma animação e, ao mesmo tempo, levar a arte até os vacinados, porque esse é um momento de alegria, de uma dose de riso, de esperança, e também para divulgar o trabalho de um artista que, como tantos, passa por uma situação dificil, pois não sabemos quando poderemos voltar às atividades de eventos", relata.

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