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SALVADOR

Entenda o caso da vassoura-de-bruxa

Por A Tarde On Line

25/06/2006 - 10:23 h

A vassoura-de-bruxa teria sido disseminada em 22 de maio de 1989, quando foi descoberto o primeiro foco da infecção em uma plantação de cacau no sul da Bahia. Em menos de três anos, a praga destruiu as lavouras e fez surgir uma série de explicações, inclusive a de que o Brasil poderia ter sido vítima de uma sabotagem agrícola por parte de países produtores de cacau da África, como Costa do Marfim e Gana.



Técnicos encontraram ramos infectados com vassoura-de-bruxa amarrados em pés de cacau – algo que só poderia acontecer pela mão do homem, e nunca por ação da própria natureza. A Polícia Federal investigou a hipótese de sabotagem, mas, pouco depois, encerrou o trabalho sem chegar a uma conclusão. Dezessete anos depois, o técnico de administração Luiz Henrique Franco Timóteo contou à revista “Veja” que houve sabotagem na qual ele, então ardoroso militante esquerdista do PDT, se juntou a outros cinco militantes do PT para destruir as fazendas de cacau.



Timóteo revelou a “Veja“ que partiu de Geraldo Simões, petista que trabalhava como técnico da Ceplac, órgão do Ministério da Agricultura que cuida do cacau. Os outros quatro membros do grupo – Everaldo Anunciação, Wellington Duarte, Eliezer Correia e Jonas Nascimento – tinham perfil idêntico: eram todos membros do PT e todos trabalhavam na Ceplac.



As amostras do fungo Crinipellis perniciosa foram coletadas em pelo menos quatro cidades rondonenses - Ouro Preto do Oeste, Jaru, Cacoal e Ariquemes - e os ramos infectados, amarrados como bombas biológicas em árvores de várias fazendas do sul da Bahia, ao longo da BR-101, entre 1987 e 1991.



Estudo genético realizado no ano passado mostra. O texto foi publicado na revista “Mycological Research”. Os pesquisadores compararam geneticamente amostras do fungo de várias localidades do Brasil e do Equador. Os dados mostraram que a variabilidade do Crinipellis perniciosa na região amazônica é enorme, apesar de haver apenas duas variedades do fungo no sul da Bahia. Segundo os cientistas, a epidemia baiana cresceu a partir de dois únicos focos de infecção, nos municípios de Uruçuca e Camacã, em 1989.



Questionado sobre a possibilidade de a história contada por Timóteo ser verdadeira, o coordenador do estudo, Gonçalo Pereira, disse que deveria haver vários focos e vários tipos diferentes de fungo. O pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do Projeto Genoma da Vassoura-de-Bruxa afirmou que a chance de ele ter pego fungos de várias localidades, em diferentes anos, e apenas dois terem se desenvolvido é praticamente nula.



Por causa da praga a produção brasileira caiu em mais de 50% e o País, na época o segundo maior produtor de cacau em todo o mundo, passou a importar a fruta. A Bahia teve um prejuízo de 10 bilhões de dólares, segundo um estudo da Universidade Estadual de Campinas, feito em 2002. Após as denúncias, o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, decidiu investigar o caso e o Ministério Pùblico Estadual vai abrir inquérito (KS).

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