SALVADOR
Envolvido em morte de meninas se entrega

Por João Eça l A TARDE
O delegado Omar Andrade, titular da Delegacia de São Caetano (4ª CP), afirmou que ainda não existem provas da participação de Risovaldo Hora Costa, 20 anos, o Riso, nos assassinatos de Gabriela Alves Nunes, 13, e Janaína Cristina Brito Conceição, 16, decapitadas no último dia 19 de novembro. Na noite de segunda-feira, 3, Risovaldo se entregou, acompanhado da advogada Karine Araújo. Riso ficará preso até o final do inquérito, para não atrapalhar as investigações.
Ele que em 2009 foi preso por tráfico de drogas disse que estava escondido no mato. Após se entregar, revelou que conheceu as meninas em Nova Divineia (IAPI), um dia antes do crime, tendo iniciado um namoro com Janaína, com quem passou a noite.
No dia seguinte, viu Janaína namorando Vítor Almeida, o Branco, 26. À noite, recebeu um chamado de Branco, por telefone. Foi aí que encontrou as garotas bastante machucadas, com a cabeça e os lábios sangrando e com os cabelos cortados. Olha aí suas namoradas, as alemãs (inimigas), teria dito Branco.
Riso diz que tentou interceder pelas jovens, mas foi ameaçado de morte e fugiu. A versão foi sustentada pelos outros presos e testemunhas, que dizem ter visto Riso apavorado após sair do local do crime. Para o delegado, com exceção dele, todos os outros decapitaram as vítimas com um facão.
Até esta terça, 4, Andrade tinha como certo que as meninas fugiram para Nova Divineia porque Janaína já namorava com Riso, que disse só as ter conhecido um dia antes do crime. Afirmou, ainda, que Gabriela conhecia o local, pois uma prima mora lá e ela teria ido a um aniversário uma semana antes. Em depoimento, a prima de Gabriela garantiu que a jovem não a procurou.
Próximos passos - Antes de fechar o inquérito, o delegado pretende fazer uma reconstituição do crime e uma acareação entre todos os presos. Eles poderão ser indiciados por homicídio triplamente qualificado: motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa.
A polícia tenta identificar o sétimo acusado de envolvimento no crime: o motorista do carro que transportou os corpos de Nova Divineia até a Avenida San Martin.
Entenda o crime - As adolescentes Gabriela Alves Nunes, de 13 anos, e Janaína Cristina Brito Conceição, de 16 anos, fugiram de casa, no bairro Engenho Velho de Brotas, região popular de Salvador, no dia 17 de novembro, deixando para a família um bilhete dizendo que ficariam bem.
Dois dias depois, as meninas foram encontradas decapitadas na Avenida San Martin, região comercial de Salvador. A investigação apontou que elas foram mortas em uma casa em construção na Nova Divinéia e tiveram os corpos abandonados na San Martin para despistar a polícia.
Segundo depoimentos dos envolvidos, as meninas foram mortas, pois teriam relações com traficantes do Engenho Velho da Federação, rivais dos acusados.
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