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SALVADOR

"Era um dos maiores grafiteiros da Bahia", afirma Galvão sobre morte de Scank

Por Filipe Ribeiro*

14/02/2020 - 14:08 h | Atualizada em 21/01/2021 - 0:00
Artista foi espancado e morto a tiros, nesta quinta-feira, 13, no Imbuí | Foto: Reprodução
Artista foi espancado e morto a tiros, nesta quinta-feira, 13, no Imbuí | Foto: Reprodução -

A morte do grafiteiro Jaílson Galdino Souza dos Santos, o Scank, ocorrida nesta quinta-feira, 13, no bairro do Imbuí, em Salvador, abalou o movimento dos artistas de rua por todo o Brasil. Tratado como referência na modalidade escrita do grafite - letras desenhadas -, Scank gerava expectativa no meio artístico, e quem acompanhava esse crescimento era o também grafiteiro Diogo Galvão, que lamentou a morte do colega de profissão.

"Para a gente, foi uma perda grande, porque ele representava o movimento do grafite. Ele era um dos maiores escritores da Bahia, além de ser um dos pixadores mais ativos do movimento", disse Galvão em entrevista ao Portal A TARDE.

Autor de uma das pinturas para a exposição CowParade, vacas que tomaram vários pontos da cidade, Scank foi homenageado pelo Esporte Clube Bahia, nesta quinta-feira, 13. O artista assinou uma das vacas que foi exposta no centro de treinamento (CT) do Esquadrão, a Cidade Tricolor. Confira:

"É com pesar e consternação que o Esporte Clube Bahia vem a público lamentar a violenta morte do grafiteiro Jailson Galdino de Souza Santos, nesta quinta-feira (13), aos 27 anos, em Salvador.

Conhecido como Scank, ele é o autor da pintura de uma das vacas da ‘CowParade’ expostas no novo CT Evaristo de Macedo. A diretoria tricolor manifesta toda solidariedade ao artista, mais uma vítima da violência urbana que atinge sobretudo os negros e pobres em nosso país."

Imagem ilustrativa da imagem "Era um dos maiores grafiteiros da Bahia", afirma Galvão sobre morte de Scank
| Foto: Arquivo Pessoal | Reprodução
Scank assinou uma das vacas na exposição CowParade | Foto: Arquivo Pessoal | Reprodução

Sobre o reconhecimento de Scank no cenário da arte urbana, Galvão diz que o artista 'deu uma tapa na cara da sociedade'. "Isso foi uma vitória. Um pixador ser selecionado em um evento internacional de street arte, mostrou o potencial da pixação, não só do grafite. Ele colocou a pixação em um patamar para dar um tapa na cara da sociedade que diz que pixação não é arte. E ele com a arte, sem precisar mudar a estética da linguagem que usa na rua, se colocou entre os artistas".

Ainda na noite desta quinta-feira, 13, os amigos de Scank realizaram um ato na pista de skate dos Barris. A intenção era de arrecadar fundos para pagar os custos do enterro, que acontece nesta sexta-feira, 14, às 14h, no Cemitério Municipal de Brotas.

*Sob supervisão do editor Vinícius Ribeiro

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