NOVEMBRO AZUL
Especialista alerta sobre os riscos das doenças de próstata
"Um homem a cada 38 minutos morre de câncer de próstata no Brasil" diz Felipe Pinho
Sem considerar os tumores de pele não-melanoma, o câncer de próstata é o mais comum em todas as regiões do país, o que representa 29% dos diagnósticos da doença em relação à população masculina, do Brasil, isso de acordo com o Instituto Nacional de Câncer.
O crescimento das doenças ligadas a próstata é um fator preocupante. O médico urologista, Felipe Pinho falou sobre isso e outras coisas relacionadas ao assunto, na manhã desta segunda-feira, 7, no programa Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM.
Durante a conversa, Pinho chamou a atenção da população masculina. Segundo o urologista, apesar da possibilidade do surgimento de doenças prostáticas em homens mais jovens, isso não é tão comum.
“É muito mais prevalente na população de 45 e 50 anos. Temos casos de pacientes de 40, 38 anos, principalmente com histórico familiar, mas o enfoque da gente é para a prevenção da população masculina um pouco mais velhas”, disse.
O especialista aproveitou para “puxar a orelha” dos homens sobre os cuidados com a saúde, já que, para o urologista, eles só procuram os médicos quando sentem algo. “A maior parte dos pacientes não tem sintomas, por isso é importante procurar um médico”. Ele salientou ainda que “pacientes que conseguem atuar diminuindo a questão da obesidade. Com bom hábitos de vida, [reduzindo] o tabagismo, o excesso de álcool, favorecem ter um número menor de apresentações desses tipos de doenças”.
No entanto, mesmo com todos esses cuidados, isso não deixa o homem imune as doenças ligadas a próstata. “Mas se o paciente for para ter o câncer de próstata ele vai ter. Por isso é tão Importante chamar a atenção pata a prevenção”.
“Todas essas doenças prostática, a hiperplasia e o próprio câncer de próstata estarão presentes independentes de qualquer coisa. Não existe uma vacina, uma medicação que consiga deter o começo dessa doença”, completou.
Segundo Pinho, a idade ideal para começar a procurar um especialista é de 50 anos, para a população masculina em geral. Esta idade diminui para 45 anos para homens afrodescentes ou com histórico de doenças prostáticas na família. “Uma vez que conseguimos diagnosticar o câncer de próstata precocemente, conseguimos ter mais de 90% de chances de curar ”.
O números relacionados a mortalidades e casos de doenças ligadas a próstata é outro fator alarmante. “Dados dão conta de que um homem a cada 38 minutos morre de câncer de próstata no Brasil. Nesse ano de 2022, em torno de 16 mil homens devem morrer no país”, salientou.
De acordo com levantamento do Inca, o segundo câncer mais comum entre os homens (exceto pele não melanoma) é o câncer de cólon e reto. Os números são inferiores aos de próstata, 20.540 novos casos, contra 65.850.
Sobre os tratamentos, boa parte das vezes é necessário o método cirúrgico. “Existem várias formas de tratar, mas a mais comum é a cirurgia. A retirada da próstata, Mais de 95% das vezes é preciso retirar ela por completo”..
Mas o especialista tranquilizou os homens sobre uma das preocupações mais comum, o desempenho sexual. “Ele não vai ter nenhum problema sexual, ou seja, de ereção. Nos primeiros 12 meses ele pode ter uma ereção diminuída, mas a gente acaba fazendo um tratamento especial para que isso melhore. Ele não vai mais ejacular, mas isso não quer dizer que ele não vai tá improdutível. Ou seja, não é o fim de carreira”.
Novembro Azul é o mês mundial de combate ao câncer de próstata. Por isso, você que é homem e tem mais de 50 anos, no geral, mais de 45 para quem é afrodescente ou com histórico, procure um urologista. O principal método de exame ainda é o exame de toque, mas outros como ultrassom, ressonância magnética, e algumas vezes a biopsia, também são utilizados
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