SALVADOR
Família diz que vidraceiro foi baleado por PMs na Engomadeira
Parentes ainda relataram que homem ergueu os braços para mostrar que era morador do bairro e não tinha arma
Por Da Redação
Familiares do vidraceiro Carlos Henrique Soares dos Santos, de 47 anos, que foi baleado e morto na quinta-feira, 8, realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira, 9, em Salvador. Conforme os relatos da família, a vítima foi atingida por disparos de policiais militares quando estava chegando em casa, no bairro da Engomadeira.
Segundo a Polícia Militar, Carlos Henrique foi encontrado ferido após uma troca de tiros entre os agentes e os criminosos. "Policiais da 23ª CIPM, em rondas pela Engomadeira, ao passarem pela Rua Senhor do Bonfim, foram alvo de disparos de arma de fogo. Houve o revide. Após o confronto, os agressores fugiram e, posteriormente, foi encontrado um homem ferido. Ele foi socorrido pela guarnição para uma unidade hospitalar, mas não resistiu", disse a PM por meio de nota.
No entanto, os familiares da vítima relataram que não houve confronto e que os tiros foram efetuados pelos militares que perseguiam suspeitos no local. Um dos parentes ainda disse que, antes de ser baleado, Carlos Henrique ergueu os braços para mostrar que era um morador do bairro e não tinha arma, conforme entrevista à TV Record Itapoan.
"É horrível, uma dor insuportável, nem dormi em casa, dormi na casa da minha mãe. Cheguei em casa, vi as coisas dele, mas não o vi. É uma dor horrível e eu não sei o que fazer. Eu fiquei sabendo [da morte] por uma amiga minha que me ligou. Na hora eu não acreditei", disse a esposa de Carlos Henrique. Eles eram casados há cerca de dez anos.
A irmã do vidraceiro também lamentou a morte e afirmou que ele era um 'homem íntegro e honesto'. "empre trabalhou e nunca se misturou com nada de errado. Uma pessoa maravilhosa e querida por todos do bairro todo, onde ele trabalhava. Somos uma família justa".
A Polícia Civil informou que guias periciais e de remoção do corpo foram expedidas e que as circunstâncias da morte serão investigadas.
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