SALVADOR
Familiares de vítima de chacina autorizam a doação de órgãos
Familiares do jovem Arthur Silva Moreira, de 23 anos, atingido por disparos de arma de fogo na cabeça, durante uma chacina que deixou outros cinco mortos no bairro de Portão, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), decidiram doar os órgãos logo após a confirmação da morte cerebral. A chacina aconteceu no último sábado, por volta das 19h.
Arthur Moreira teve a morte encefálica declarada na segunda, 20, às 15h. Em cirurgia, no Hospital do Subúrbio, o jovem teve o fígado retirado e encaminhado para o Hospital Português, os dois rins foram direcionados para o Hospital Ana Nery e os dois globos oculares para transplante de córnea foram enviados para o banco de olhos. Do coração, as válvulas foram para um banco em Curitiba.
“A gente tem que pensar que aquela pessoa que não tem mais vida pode salvar mais oito. Sabemos da necessidade das pessoas que aguardam em uma fila de doação”, salientou a enfermeira da Central de Transplante no Hospital Roberto Santos, Ana Patrícia Sales.
Conforme informações da Central de Transplante, a busca começa pela equipe da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO), que realiza busca ativa e identifica o potencial doador.
Segundo a coordenadora da central de órgãos, Carol Sodré, os órgãos mais procurados são os rins e as córneas. A taxa de aceitação da família na Bahia já alcança a média 52%. Não precisa deixar o desejo por escrito, basta avisar aos familiares. “Hoje a maior fila na Bahia é para o de rim, com mil pessoas”.
*Sob a supervisão da editora Meire Oliveira
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