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Ginecologista é indiciado por importunar sexualmente 17 pacientes

Profissional de 71 anos tinha 45 anos de atuação em clínicas na capital baiana

Publicado terça-feira, 30 de janeiro de 2024 às 10:00 h | Atualizado em 30/01/2024, 10:51 | Autor: Da Redação
Um dos locais de atuação do suspeito foi no centro médico do plano Casseb
Um dos locais de atuação do suspeito foi no centro médico do plano Casseb -

Um ginecologista foi indiciado pela Polícia Civil por importunação sexual de 17 pacientes em Salvador. O profissional foi identificado como Elziro Gonçalves de Oliveira, de 71 anos, e tinha cerca de 45 anos de atuação em clinícas da capital baiana.

Um dos locais de atuação do suspeito foi no centro médico do plano Caixa Assistência dos Empregados do Baneb (Casseb), onde teria ocorrido a maioria dos crimes.

Ao todo, Elziro foi denunciado por 17 pacientes que procuraram a polícia com depoimentos semelhantes, relatando abusos sexuais praticados pelo ginecologista. 

De acordo com as vítimas, o médico as tocou de forma nada profissional, realizou procedimentos sem luvas e fez questionamentos como "Você quer que eu te masturbe?", "Você sabe onde é o seu ponto G?" e "Você já fez sexo anal?".

Advogada de três vítimas, Clarisse Falcão explicou que, com o indiciamento, os autos do inquérito policial foram encaminhados para o Ministério Público da Bahia (MP-BA), que tem um prazo para o oferecimento da denúncia à Justiça.

“Havendo a denúncia, provavelmente, ele vai responder o processo em liberdade. E aí, sim, só no momento em que o juiz entender e decidir o que acontece. [...] Não cabe prisão, pois ele preenche requisitos para responder a esse processo em liberdade, ele não foi preso em flagrante, não houve conversão de prisão em flagrante, ele não fornece risco aparentemente para a sociedade, ele também não está prejudicando as investigações, tem colaborado. Então, por esses motivos, é que não há necessidade de se aplicar uma prisão cautelar”, disse Falcão em entrevista à TV Bahia.

Os inquéritos foram instaurados na 6ª Delegacia Territorial (DT) de Brotas, mesmo local onde as vítimas prestaram depoimentos acompanhadas de advogados.

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