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Grupo empresarial do setor de medicamentos é suspeito de sonegar R$ 39 milhões na Bahia

Publicado segunda-feira, 21 de junho de 2021 às 07:34 h | Atualizado em 21/06/2021, 08:16 | Autor: Da Redação
Investigação aponta lavagem de dinheiro por grupo de distribuição de medicamentos em Salvador e RMS | Foto: Divulgação | SSP
Investigação aponta lavagem de dinheiro por grupo de distribuição de medicamentos em Salvador e RMS | Foto: Divulgação | SSP -

Doze mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Salvador e Região Metropolitana de Salvador (RMS) na manhã desta segunda-feira, 21, em uma operação policial que investiga a prática de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro por um grupo empresarial que atua no setor de distribuição de medicamentos. 

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o grupo teria cometido fraudes e lesado os cofres públicos. Os prejuízos aos cofres estaduais ultrapassam R$ 39 milhões. O 'Operação Panaceia' foi deflagrada pelo Ministério Público estadual, Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz), Polícia Civil e Receita Federal.

Investigações apontaram que o grupo criava empresas em nome de “laranjas” ou “testas-de-ferro” e utilizava empresas sem existência operacional, com o intuito de sonegar impostos. Também foram identificados prejuízos ao Fisco Federal.

Conforme a SSP, há "fortes indício" da prática do crime de lavagem de dinheiro, com significativo incremento econômico da composição societária das diversas empresas do grupo, por meio da criação de empreendimentos comerciais voltados à participação em outras sociedades e em investimentos patrimoniais imobiliários.

Em Salvador, a operação cumpre mandados nos bairros do Pirajá, Rio Vermelho, Horto Florestal, Itaigara e Pituba. Computadores, telefones celulares e documentos foram apreendidos, na sede da empresa de distribuição de medicamentos.

"As investigações apontam também para possível prática de lavagem de dinheiro. Estamos cumprindo mandados na empresa que faz a contabilidade e na casa dos proprietários", explicou a titular da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), delegada Márcia Pereira.

Além dos mandados, a Justiça determinou o bloqueio dos bens do grupo, com o objetivo de garantir a recuperação dos valores sonegados.

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