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CASO LUCAS TERRA

Impossível que Lucas tenha flagrado sexo entre réus, diz testemunha

Bispo Jadson ainda chamou Sílvio Galiza de "monstro" e afirmou que reús foram citados por vingança

Por Leo Moreira

26/04/2023 - 11:53 h | Atualizada em 26/04/2023 - 13:01
Julgamento acontece no Fórum Ruy Barbosa, no Campo de Pólvora, em Salvador
Julgamento acontece no Fórum Ruy Barbosa, no Campo de Pólvora, em Salvador -

O bispo Jadson Silva Edington foi a primeira testemunha a ser ouvida na manhã desta quarta-feira, 26, no salão principal do Fórum Ruy Barbosa, no Campo de Pólvora, em Salvador.

Segundo testemunha da parte da defesa de Joel Mirante, ele classificou como "impossível" que Lucas Terra tenha flagrado relação sexual entre os réus, chamou Sílvio Galiza de "monstro" e afirmou que os nomes de Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda só foram citados por vingança.

Pastor regional da Igreja Universal do Reino de Deus do bairro da Pituba, na época do crime, Jadson reiterou por diversas vezes que a vítima não poderia ter visto a relação sexual entre Fernando Aparecido da Silve e Joel Miranda, porque, segundo ele, isso nunca aconteceu.

"Ele [Lucas] não era nem da Pituba. Onde ele teve acesso a sala para ver eles tendo relação sexual? Não existe. Ninguém ia ver? E se esse menino viu, logo ia falar. Ia falar com os pais, com alguém". O líder religioso ainda questionou "por quê outros não viram?", e "uma pessoa de fora chegou e ver?", disse.

Apesar de acreditar na impossibilidade do caso, o bispo disse que Galiza havia sido afastado no dia 26 de março de 2001, cinco dias depois do desaparecimento de Lucas. O motivo seria justamente pela prática de dormir com jovens.

"Estamos falando de um monstro, que não foi tirado pelo caso de Lucas Terra. Ele ficou com raiva de Joel e Fernando porque foram eles que tiraram Galiza. Por vingança. Ele ficou com raiva, por isso ele soltou o nome dos dois", contou.

"O povo olha para gente como se fosse Deus. O Galiza se aproveitou disso para fazer o que fez", completou.

Sobre os outros questionamentos como a proibição das buscas ele disse não ter conhecimento. "Com qual finalidade parar as busca? Como eles iriam proibir realizar buscas?". Ele também disse não saber da reunião e nem das termologias supostamente usadas por Fernando e Galizo, de que 'Luquinhas qualquer' não iriam atrapalhar a obra

Após a acusação levantar um questionamento sobre homossexualidade dentro da Igreja, os ânimos se exaltaram e houve um início de bate boca entre defesa e acusação. Porem, a testemunha confirmou que caso fosse descoberto que um pastor fosse homossexual seria afastado do cargo.

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