Inflação da RMS em setembro fica em 0,23% e é a menor do país, aponta IBGE

Publicado sexta-feira, 09 de outubro de 2020 às 15:29 h | Atualizado em 09/10/2020, 15:35 | Autor: Da Redação
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Preço dos alimentos aceleraram de forma significativa e tiveram aumento de 1,97% | Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE
Preço dos alimentos aceleraram de forma significativa e tiveram aumento de 1,97% | Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE -

Em setembro a medida oficial da inflação ficou em 0,23% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Apesar do resultado ter saltado em relação a agosto, quando o índice havia sido de 0,13%, foi a menor dentre as 16 áreas investigadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da RMS, medido pelo IBGE, ficou acima também da variação de setembro de 2019, que estava em 0,14%.

Com o resultado de setembro, o IPCA da RMS acumula alta de 1,71% no ano de 2020, mantendo movimento de aceleração nesse indicador frente ao acumulado até agosto (1,48%). A inflação acumulada de janeiro a setembro na RMS está acima da verificada no Brasil como um todo (1,34%).

Nos 12 meses encerrados em setembro, a inflação acumulada na RMS também seguiu em aceleração, indo a 3,31% (frente a 3,23% no acumulado até agosto) e também se manteve acima do índice nacional (3,14%).

No mês, todas as áreas tiveram alta no IPCA, com destaque mais uma vez para Campo Grande/MS (1,26%). Em seguida, vieram a RM Fortaleza/CE (1,22%) e Rio Branco/AC (1,19%).

Alta nos alimentos

Os preços dos alimentos aceleraram de forma significativa e tiveram aumento de 1,97%, o maior dentre os grupos, após terem registrado leve deflação em agosto (-0,19%). Voltaram, assim, a liderança como principal pressão inflacionária na RMS, puxados pelos produtos consumidos em casa (2,70%), sobretudo as carnes (7,72%).

A costela (15,10%) foi o item que, individualmente, mais contribuiu para a alta da inflação de setembro, na RMS. Arroz (11,33%), óleo de soja (28,55%), leite longa vida (6,66%) e tomate (13,55%) também foram pressões importantes entre os alimentos.

As altas nos preços do arroz e do óleo estão relacionadas ao dólar valorizado, que estimula as exportações, e à maior demanda interna.

Com o terceiro maior aumento médio em setembro, o grupo habitação (0,87%) teve a segunda maior contribuição para o IPCA do mês na RMS, puxado pelo gás de botijão (4,18%)

Dentre os quatro grupos de produtos e serviços com quedas médias de preços, os que mais ajudaram a conter a inflação de setembro na Região Metropolitana de Salvador foram transportes (-1,38%, recuo mais intenso) e saúde e cuidados pessoais (-0,59%).

A RMS foi a única das 16 áreas investigadas no IPCA que teve queda no preço médio da gasolina (-6,04%), item que deu a maior contribuição individual para segurar a alta do índice. Conserto de automóvel (-1,38%) e transporte por aplicativo (-7,71%) também foram importantes.

Dentre os itens do grupo saúde e cuidados pessoais (-0,59%), plano de saúde (-2,26%) e produtos farmacêuticos/ remédios em geral (-0,52%) foram algumas das principais influências para baixo.

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