TENSÃO
"Clima de greve geral", diz presidente do Sindicato dos Rodoviários
Após sete rodadas de negociação, rodoviários e empresariado ainda não chegaram a um acordo
Por Portal Massa!
As mobilizações do Sindicato dos Rodoviários da Bahia estão deixando a população com uma pulga atrás da orelha sobre as possibilidades de greve. A categoria está em campanha salarial e, em menos de uma semana, já impactou o dia a dia dos usuários por três vezes com atraso na saída de ônibus nesta terça-feira, 30, e paralisação na Estação da Lapa, tudo isso para fortalecer a reivindicação de pautas junto aos empresários que operam as concessionárias Plataforma e OTTrans.
Ainda de acordo com o sindicato, o atraso na saída das garagens é o primeiro passo para uma possível greve da categoria que ainda não tem uma data definida. "Existe uma possibilidade (greve). Essa assembleia é a preparação, justamente para uma greve geral por tempo determinado, mas existe um rito também que a gente precisa preparar, que é o rito jurídico, então isso tem uns prazos de comunicar a população, de colocar em jornais, mas aqui é uma preparação, e o clima que a gente vê nesse momento é um clima realmente de greve geral por tempo indeterminado", disse Hélio Ferreira, presidente do sindicato.
Segundo o representante da categoria, os atos são um reflexo dos problemas que estão na mesa de negociações há um mês, em sete rodadas. "Estamos aqui fazendo essa assembleia, conversando com o trabalhadores, passando os problemas da campanha e tentando tomar novas deliberações, até preparando a categoria para uma greve geral por tempo indeterminado. A gente pede aos empresários que reabram as negociações para a gente voltar para a mesa e sair do impasse, para evitar essa greve geral. Essa é a nossa intenção", garantiu o presidente.
Hélio reafirmou que as mobilizações têm o interesse de destravar a pauta que vai além do pleito salarial, e pede ainda por ajustes nas relações de trabalho e em itens do dia a dia dos rodoviários, como a existência de um aplicativo para consulta das horas extras. "A gente espera que reabram as negociações e evitem novas paralisações, é um apelo que a gente faz. Caso contrário, a gente vai ser forçado a fazer qualquer tipo de manifestação para abrir as negociações. A gente não faz isso porque a gente quer, mas quando é um pedido de socorro, quando não aguentamos mais porque já se esgotaram todas as negociações", disse Hélio.
Para quem está preocupado com a circulação dos ônibus na quarta-feira, 1º, que é feriado, pode ficar tranquilo porque a operação será normal, segundo o presidente do sindicato. "Amanhã é feriado e vamos dar uma trégua, mas na quinta-feira vamos estar reunidos novamente", afirmou.
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