SALVADOR
Instituição oferece cirurgias gratuitas de amígdalas e adenoide
Por Wesley Sobrinho, do A TARDE
Cientes da dificuldade que a população soteropolitana enfrenta para conseguir realizar cirurgias de remoção de adenoide e amígdalas em crianças pelo Sistema Único de Saúde (SUS), médicos do Instituto de Otorrinolaringologia Otorrinos Associados (Inooa) realizam, nos meses de fevereiro e março, um mutirão cirúrgico para crianças carentes da capital baiana.
De acordo com o cirurgião e diretor administrativo do Inooa, Otávio Marambaia, 12 médicos participarão do mutirão e a pretensão é operar cerca de 30 crianças, com idade entre 3 e 12 anos, gratuitamente. “Muitos dos nossos médicos também atuam em hospitais públicos e conhecem a dificuldade da população. Sabemos como é difícil e, por isso, promovemos esses programas anuais gratuitos. É nosso compromisso com o social”, explica.
Os responsáveis por crianças que sofrem de problemas respiratórios devido à hipertrofia da adenoide e amígdalas – órgãos linfoides situados, respectivamente, na parte posterior do nariz e na garganta – e querem que elas participem do mutirão devem ligar para o Inooa e agendar a consulta.
O agendamento pode ser feito de amanhã até o dia 13 de fevereiro, das 14 às 17h30, pelo telefone 71-3270-8047, que estará disponível exclusivamente para a marcação de consultas.
Tanto crianças cujo quadro de hipertrofia desses órgãos já foi diagnosticado quanto as que ainda não passaram por uma avaliação médica, mas apresentam sintomas de quem tem a patologia, podem marcar a consulta. Só após a realização dos exames otorrinolaringológicos, os médicos constatarão se a cirurgia é necessária. Caso contrário, os médicos indicarão o tratamento adequado à patologia detectada.
Sintomas – Os principais sintomas apresentados por quem sofre com a hipertrofia de adenoide ou das amígdalas são: dificuldade de respirar, ronco, falta de apetite, retardo no desenvolvimento físico e intelectual, deformação na arcada dentária e apneia (parada da respiração entre os roncos). A maioria dos sintomas desaparecem logo após a cirurgia, que é considerada de baixo risco.
Esse é o segundo mutirão realizado pelos médicos do Inooa. O primeiro aconteceu nos meses de outubro e novembro de 2007, quando 25 crianças foram operadas na unidade. A novidade este ano é o apoio da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), que cedeu o Hospital Ernesto Simões para que mais crianças pudessem ser operadas.
Uma das pacientes beneficiadas no primeiro mutirão foi Luana Gomes da Silva, 8 anos. De acordo com a mãe da garota, a cabeleireira Rute Gomes da Silva, 30 anos, foram quase dois anos tentando marcar a cirurgia, que, no caso de Luana, precisava ser feita com urgência. A adenoide já havia bloqueado 90% da passagem de ar e a arcada dentária da criança já começava a apresentar deformação. “Agora, depois da cirurgia, minha filha respira sem dificuldade e até o rendimento na escola melhorou”, comemora Rute.
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