CRIME
Jornalista é presa por injúria racial contra policial no Fuzuê
Ela se recusou a ser abordada por policial militar negra
Por Da Redação
Uma jornalista foi presa em flagrante por crime de injúria racial, no Posto da Polícia Civil, localizado na Marque de Leão, durante o evento pré-carnavalesco Fuzuê, na Barra, na tarde deste sábado, 3. A prisão aconteceu após ela se negar a ser abordada por uma policial militar por ela ser negra, proferindo insultos racistas.
Conforme apurado pela Polícia Civil no posto, a mulher conduzida por policiais militares se negou a parar no portal de abordagem da PM e declarou que “Não veio do navio negreiro para ser revistada por uma negra” e acrescentou outros insultos contra a vítima.
A delegada responsável pela lavratura do flagrante, Marialda Santos, informou que a autora não demonstrou arrependimento. “Apesar de desconversar, ela manteve o discurso racista”, informou.
Após o flagrante, a jornalista foi submetida a exames de lesões corporais e seguirá presa, à disposição da Audiência de Custódia do Poder Judiciário. A identidade da jornalista não foi divulgada.
Injúria racial
A Polícia Civil disponibilizará serviços especializados para o atendimento as vítimas de racismo e demais públicos vulnerabilizados nos postos de Serviço Especializado de Respeito a Grupos Vulnerabilizados e Vítimas de Intolerância e Racismo (Servvir), instalados nos circuitos Dodô e Osmar.
Em 11 de janeiro de 2023 foi publicada a Lei 14.532/2023, que equipara a injúria racial ao crime de racismo. Com isso, a pena tornou-se mais severa com reclusão de dois a cinco anos, além de multa, não cabe mais fiança e o crime é imprescritível.
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