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SALVADOR

Jovem é executado em guerra de facções em Águas Claras

Por Andrezza Moura

22/07/2016 - 21:44 h
Execução - Águas Claras
Execução - Águas Claras -

Parece que a guerra sangrenta entre os traficantes de drogas que atuam nas localidades Baixa Fria e Vietnã, ambas em Águas Claras, está longe de chegar ao fim na tarde desta sexta-feira, 22, mais um jovem foi 'abatido' durante um confronto, no Caminho 2, via de acesso ao Vietnã.

Moisés Bonfim Guimarães, 18 anos, foi executado com cerca de 30 tiros, por volta das 13h, ao invadir sozinho o 'quartel general' dos inimigos, que é comandado pela Facção Bonde do Maluco (BDM). Ele era morador da Baixa Fria e integrava a Facção Katiara, segundo um morador.

"Ele veio sozinho, parou um menino pequeno e perguntou se ele se envolvia (com a criminalidade). Depois foi lá para baixo trocar tiro com os caras. Quando ia subindo correndo, a arma dele negou (falhou), aí os caras vieram, deram nele, pegaram a arma que estava com ele e fugiram", contou uma mulher, sob anonimato.

Conforme ela, estes grupos costumam se enfrentar na Rua Presidente Médici, a principal do bairro, também conhecida como Faixa de Gaza, devido aos constantes confrontos. As localidades são transversais da via principal.

Sem se identificar por temer represália, um homem afirmou que moradores das duas regiões não podem transitar na área rival. "Não sei o que ele veio fazer aqui. Acho que estava doidão. O pessoal de lá [da Baixa Fria] só está aqui porque a polícia também está. Todo mundo sabe disso", revelou o senhor.

"Levei ele para o interior, trouxe do interior. Fiz de tudo, fiz o que pude, mas...", lamentou o pai de Moisés, ao afirmar que o filho tinha envolvimento com a criminalidade. Sem se identificar, ele revelou que, antes de entrar definitivamente na vida do crime, o jovem frequentava uma igreja evangélica com a mãe.

"Se batizou e tudo. Depois largou a igreja e voltou para essa vida. Quando aconteceu isso, pensei: 'meu Deus, vão matar meu filho'", lembrou o senhor. Abalado, ele revelou que, embora Moisés tivesse escolhido trilhar o caminho errado, ele era um filho calmo e obediente. O jovem morava com a mãe no bairro, não estudava e não trabalhava.

Comércio fechado

Durante o levantamento cadavérico, alguns moradores expressaram o medo de viverem nas duas localidades. "Oxe! É aqui nessa rua [Presidente Médice] mesmo que acontece as coisas. Quando a polícia for embora, aqui vai virar um faroeste", disse um rapaz, afirmando que iria se trancar em casa assim que a polícia saísse do bairro.

"Vamos, vamos. Vou dar logo banho em vocês. Hoje vamos ter que dormir no banheiro", falou uma mulher, ao pegar seus dois filhos pequenos e entrar em uma das residências do Caminho 2. Por volta das 17h40, ao deixar o bairro, a reportagem constatou que a maioria das lojas comercias da Rua Presidente Médici, próximo à zona de confronto das facçções, já estavam com as portas fechadas.

Enquanto aguardava o término da perícia, a reportagem flagrou uma moradora da Baixa Fria e amiga de Moisés falando em tom ameaçador que traficantes da Katiara iriam matar os do BDM.

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