Jovem morre em hospital após ser baleado por comparsas em Mata Escura

Alan Alves Santos, o Alanzinho, de 21 anos, morreu na madrugada desta terça-feira, 8, no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), no Cabula, em Salvador, após ser baleado diversas vezes, dentro de casa, na localidade Baixa da Rocinha, no bairro Mata Escura.

Sob anonimato, um policial militar informou que ele foi executado pelos comparsas a mando de um homem identificado como Argentino, um dos líderes da facção Bonde do Ajeita (BDA), uma ramificação da facção Bonde do Maluco (BDM). Alanzinho era apontado pela polícia como um dos líderes do tráfico de drogas das localidades Rocinha e Larguinho, ambas na Mata Escura, e costumava agir com muita violência.

“Argentino estava chateado porque Alanzinho estava descumprindo algumas ordens dele, matou duas pessoas sem sua permissão”, contou o PM.

Ainda conforme o policial, cerca de 30 homens participaram diretamente do crime. “Os caras chegaram em seis carros, cinco em cada um (carro)”, disse ele.

Marcado para morrer

“Ele era psicopata, homicida. Estava criando ‘pescoço grosso’ na Rocinha, no Calabetão e no Larguinho. Já queriam matá-lo, há algum tempo”, relatou o policial.

Conforme ele, Alanzinho assumiu o controle do tráfico de drogas da Rocinha, em novembro de 2017, após a prisão de Moisés, líder da localidade.

Na ocasião, ele coordenou uma chacina no Arraial do Retiro, onde cinco pessoas foram mortas. “Ele aproveitou que Moisés foi preso, matou cinco pessoas e tomou a área”, reafirmou o PM.