TESTE DO PEZINHO
Junho Lilás conscientiza sobre diagnóstico precoce
Realização do teste ajuda a identificar doenças genéticas e metabólicas
Por Iamany Santos*
Comemorado no dia 6 de junho, o Dia Nacional do Teste do Pezinho é o momento para conscientizar as famílias sobre a importância do exame. O mês foi marcado com a cor lilás para simbolizar a campanha e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Salvador lançou, na segunda-feira, 6, a ação “Teste do Pezinho, mais que uma obrigação, um gesto de proteção”.
A realização do teste ajuda a identificar doenças genéticas e metabólicas precocemente para permitir intervenções e evitar o desenvolvimento de doenças para estágios graves. O objetivo da campanha é de informar sobre a importância da triagem mas, principalmente, que este é um gesto de amor. “Na verdade não é uma atitude de simplesmente obrigação, é um direito que a criança tem”, pontua Helena Pimentel, médica geneticista e responsável técnica de saúde da Apae Salvador.
Enquanto uma instituição de referência na Triagem Neonatal, todos os exames realizados no estado passam pelo laboratório da Apae. A fim de dinamizar o acesso que os municípios têm aos dados referentes às suas cidades, a Apae irá implementar novo sistema de dados que será atualizado a cada 24 horas e começará a ser usado a partir de julho.
Tecnologia
Essa nova plataforma será de fácil acesso a todos os gestores de saúde de todos os municípios da Bahia. Através dela será possível observar diversos parâmetros sobre as triagens realizadas e, a partir deles, os gestores locais podem planejar medidas de intervenção para uma melhor cobertura em sua cidade.
Com um sistema mais dinâmico, a Apae pretende melhorar o fluxo de informações entre as instituições, o que também melhora o atendimento à população. “Através da plataforma o gestor vai poder monitorar questões como: as coletas estão sendo feitas no tempo certo? Qual o percentual de coleta no meu município? Quanto tempo levamos para enviar as amostras para a Apae?”, explica Helena. O projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), por meio do edital do Programa Pesquisa para Saúde (PPSUS). “Essa Plataforma é magnífica porque ela é a realidade nua e crua do que está acontecendo diariamente”, enfatiza Helena.
Segundo informações da Apae Salvador, em 2021, a cobertura da triagem neonatal no estado foi de 86,48% e no primeiro quadrimestre de 2022, 51.480 bebês foram triados. “O ideal é que a [cobertura] seja 100%”, afirma a médica Helena Pimentel.
De acordo com ela, mesmo que alguns pais façam o teste em clínicas privadas, é preciso levar em consideração que parte da população não faz o teste do pezinho por falta de conhecimento. O exame faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) e é um direito garantido através do Sistema Único de Saúde (SUS) que além de fazer o teste também oferece acompanhamento caso alguma doença seja identificada.
O teste deve ser realizado entre o 2º e o 5º dia de vida. E pode identificar doenças que, se não tratadas no tempo certo, podem levar a deficiência mental ou afetar gravemente a saúde da criança e, em alguns casos, podem causar a morte.
*Sob a supervisão da editora Meire Oliveira
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