SALVADOR
'Kannário' foi morto na mesma rua onde foi preso há 7 anos; conheça
Morto colecionou passagens pela polícia na década passada
Por Gabriel Moura
A noite desta segunda-feira, 15, foi de sangue na Boca do Rio, em Salvador. Estirado no asfalto da rua Cristóvão Ferreira, o perfurado corpo de Deivide Aragão da Silva, conhecido como Kannário.
Morador da região, Kannario tinha 26 anos e histórico de envolvimento com a criminalidade. Além de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) assinado recentemente por posse de drogas, o morto já respondeu por roubo e tráfico.
O primeiro encontro de Deivide com o Judiciário ocorreu em 30 de março 2016 quando, ao lado do comparsa Rodrigo Oliveira dos Santos, foi preso por roubar celulares nas imediações do Costa Azul.
Segundo consta no processo, após ser flagrado por policiais militares, Kannário arremessou o Samsung J5 roubado e iniciou fuga, sendo alcançado pouco depois pelos PMs. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva dois meses depois.
Em 14 março de 2017 ele entrou em liberdade provisória. Uma semana depois, no dia 25, ele estava na fatídica e supracitada rua Cristóvão Ferreira, onde novamente abordado por policiais militares.
Desta vez, ao invés de celulares roubados, os agentes do estado encontraram 39 pinos de cocaína e três porções de pedras de crack.
No processo pela prisão por tráfico, o Ministério Público da Bahia escreveu que a reincidência "evidenciava envolvimento com o mundo marginal, demonstrando, em tese, dedicar-se à atividade criminosa."
Após colecionar passagens pela polícia na década passada, Kannário aparentimente 'sossegou' após a pandemia. Não há registros criminais dele nos últimos cinco anos.
Após a morte de Kannário, o Serviço de Investigação de Local de Crime foi acionado e realizou as primeiras diligências. Autoria, motivação e circunstâncias do crime estão sendo apuradas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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