SALVADOR
Kelly Cyclone foi ameaçada um mês antes de morrer
Por João Eça
Trinta e nove dias antes de ser morta, a dançarina Kelly Sales, 23, a Kelly Cyclone, foi desesperada à Delegacia de Lauro de Freitas relatar a ameaça de morte sofrida de dois homens, conhecidos como Jhon e Calango.
Na ocorrência, ela afirmou que eles a tinham chamado de “alemã” (inimiga, na gíria do crime), e dito que “iam pegar a arma para dar um fim em sua vida”. As ameaças foram na tarde do dia 8 de junho.
Kelly informou que estava dentro de uma Topic, indo ao dentista, no centro da cidade–mesmo local onde seria assassinada no dia 18 de julho. Após a abordagem dos dois homens, Kelly disse que correu e só parou na delegacia.
Ela acrescentou que Jhon e Calango moram “na Avenida do Liotério, perto do Bradesco, em Lauro de Freitas”. Cauteloso, o delegado Joelson dos Reis argumentou que já tinha conhecimento disso, mas informou que o fato ainda está sendo investigado.
Uma fonte da polícia não confirmou a suspeita de que Jhon e Calango sejam traficantes. O delegado Reis passou a tarde fazendo diligências para checar depoimentos.
Ele disse que ainda não recebeu o laudo, mas revelou que teve informações extraoficiais de que Kelly foi baleada nas costas e em um dedo da mão direita. Não há indícios de facada.
A ex-sogra de Carlos Gustavo Cohen (o Gustavinho, acusado pela família de Kelly) registrou queixa contra ele, na mesma delegacia, último dia 14, acusando-o de enviar mensagens pelo celular com ofensas de baixíssimo nível e ameaças contra ela e a filha, que está separada dele há cerca de cinco meses. Segundo a sogra, Gustavinho não aceita o fim da relação.
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