SALVADOR
Líder do tráfico em São Tomé de Paripe morre em hospital
Por Andrezza Moura

Raimundo Magno dos Santos Costa, conhecido como Camarão, apontado pela polícia como o líder do tráfico de drogas em São Tomé de Paripe, morreu na última terça-feira, 4, no Hospital Geral Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, após se envolver num acidente de carro na rua Loteamento Jardim Jaraguá, em Itinga.
Segundo o major Elson Leão, comandante da 19ª CIPM (Mirantes de Periperi), Camarão e os comparsas Gleisson Mário de Lima Pereira e outro identificado apenas como Jacaré estavam em um veículo e, ao avistarem policiais da 52ª CIPM (Lauro de Freitas), fugiram em direção a Itinga, onde colidiram num poste de energia e em um micro-ônibus.
Na colisão, além de Camarão, Jacaré também morreu. Gleidson, que ficou preso às ferragens, e o motorista do micro-ônibus também foram levados ao Menandro de Faria. O estado de saúde deles não foi revelado.
Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil, os três homens, que estavam em um veículo branco de dados não anotados, transitavam em alta velocidade, faziam ultrapassagem perigosa na Estrada do Coco e foram denunciados por populares.
Ainda conforme a Polícia Civil, não houve perseguição e, quando os militares chegaram, o acidente já havia ocorrido. Durante as buscas no veículo, os policiais constataram que Camarão usava um documento falso em nome de José Roberto Freitas Ferreira. Conforme o major Elson, ele tinha um mandado de prisão em aberto por tráfico.
Sob anonimato, um morador de São Tomé revelou que, na tarde da quarta, 5, durante o enterro de Camarão, no cemitério de Periperi, os comerciantes de São Tomé foram obrigados a fechar as lojas. “Ele era o 'cabeça cara' de lá (São Tomé). Mandaram fechar tudo, soltaram até fogos”.
Camarão tinha passagens por tráfico de drogas e era investigado por envolvimento em homicídios. Em 2016, foi apontado como um dos autores da morte de Ronald Dias de Jesus, 19, em São Tomé. O corpo dele foi encontrado esquartejado e enterrado no quintal de uma casa. Além de Camarão, Cocão e Gel Bagaça teriam participado do crime. Até nesta quinta, 6 , o corpo de Jacaré permanecia no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues.
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