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07/05/2022 às 6:08 • Atualizada em 07/05/2022 às 8:46 - há XX semanas | Autor: Olga Leiria

Mães sociais ultrapassam ofício e criam laços em abrigos

No Lar Vida há várias mães sociais que dedicam seus dias para cuidar de crianças com deficiência

Mulheres, que por meio do seu ofício doam tempo, carinho e transformam vidas. O dia, amanhã, também é dedicado às mães sociais. No abrigo Lar Vida - Valorização Individual do Deficiente Anônimo, é assim.

Elas fazem as refeições, dão banho, vestem, passam perfume, penteiam os cabelos, ligam a tv, passam a farda da escola, dão remédio, respondem várias perguntas enquanto organizam a casa. Essa é a rotina das "mães" do abrigo Lar Vida.

Vinda do Maranhão para a Bahia com quatro filhos pequenos para morar com a irmã em Salvador, Gorethe Nunes, 62 anos, é uma delas e trabalha há 36 anos na instituição. "Um amigo indicou o Lar porque eu estava procurando emprego. Quando olhei para as crianças me apaixonei. Não tem mais como desfazer esse nó. Com o passar do tempo não se sabe mais quem depende de quem. Acho que somos nós que dependemos deles".

Quando chegou, a entidade cuidava de 15 crianças. Por 20 anos, o Lar Vida também foi sua residência, para ter mais segurança para ela e os filhos. Atualmente, cuida dos acamados. Ao conversar, passa a mão levemente na testa e olha nos olhos de cada um. Eles respondem com sorriso ou do jeito que podem e ela entende. “São meus filhos. Você acha que tem trabalho melhor que o meu? Todos os dias os meninos vão me receber no portão dando bom dia. Que trabalho vai te receber assim?”.

Maria Bonita Góes, 71 anos, veio da cidade de Tucano (a 270 km de Salvador) ainda menina. Trabalhou no comércio, teve restaurante. Em 12 de setembro de 1994, foi ver uma vaga de emprego no Lar Vida e, quando se deparou com as crianças desistiu. No entanto, algo fez ela voltar uma semana depois. Não casou e não teve filhos biológicos, mas os que ganhou no Lar Vida já perdeu as contas. "Algumas crianças chegaram aqui sem esperança. Teve uma que virou atleta profissional de basquete de cadeira de rodas. Sou tão apaixonada pelo lar, pelas crianças. Minha vida está aqui".

Já Vanete do Carmo, 60 anos, há 14 anos na entidade, foi cumprir uma diária e nunca mais saiu. Trabalha no espaço dos autistas. "Aqui somos uma grande família, é uma casa normal, fazemos tudo que uma mãe faz em casa. Damos banho, comida, levamos ao médico. Tenho ciúmes dos meus meninos até com outras funcionárias da casa", brinca ao revelar seu sentimento.

O Lar Vida (@larvidaoficial) foi fundado há 37 anos em um sábado de estudos do evangelho por um grupo de amigos. Maria Cristina Cordeiro Caldas, tinha o projeto em mente e falou aos amigos. A ideia foi abraçada e iniciou-se o trabalho.

Segundo Francisco Garcia de Souza, 85 anos, fundador do abrigo, o objetivo inicial era uma clínica para atender crianças com deficiência que precisam de fisioterapia e outros atendimentos de famílias que tivessem renda de até dois salários. "Mas nossa ideia nem iniciou", fala Souza com um risada tímida. A casa em Itapuã recebeu três crianças e tornou-se um abrigo onde meninos e meninas abandonados pela família ou sofreram algum tipo de violência física ou sexual eram encaminhados pelo Ministério Público, Juizado de Menores. Atualmente, 107 crianças, jovens e adultos residem na atual casa, em Novo Marotinho, próximo ao Barradão.

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