SALVADOR
Mais um funcionário do Atakarejo é preso por morte de tio e sobrinho
Por Da Redação

Na terceira fase da Operação Retomada, realizada na manhã desta quarta-feira, 7, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumpriu o mandado de prisão contra um fiscal de prevenção e perdas do supermercado Atakarejo, envolvido nas mortes do tio e sobrinho Bruno Barros e Yan Barros, em Salvador. Ele havia sido afastado das atividades por 31 dias e retornou ao trabalho no mesmo estabelecimento, localizado em Amaralina.
De acordo com informações da Polícia Civil, equipes realizaram diligências nos bairros do Nordeste de Amaralina, Itinga e Ilha Amarela. Desde o início da operação, em abril, dez pessoas já foram presas por equipes do Departamento.
O inquérito, que já foi remetido ao Ministério Público, indiciou 23 pessoas – dentre eles, suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas no Nordeste de Amaralina e funcionários do Atakarejo. Além das prisões, buscas foram realizadas na sede do supermercado, onde foram apreendidos livros de ocorrências administrativas, computadores e aparelhos celulares.
"Esse funcionário foi identificado após perícia das câmeras de segurança do supermercado, realizada pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT)", explicou a presidente do inquérito, delegada Zaira Pimentel.
O procedimento policial foi concluído na terça-feira, 6. No documento, os suspeitos foram indiciados por homicídio qualificado, omissão de socorro e ocultação de cadáver.
No último dia 1º, um homem de 25 anos morreu na região do bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Segundo as equipes, ele é apontado como um dos envolvidos nas mortes do tio e sobrinho, Bruno e Yan Barros.
Relembre o caso
Os corpos de Bruno Barros da Silva, 29, e Yan Barros da Silva, 19, foram encontrados dentro do porta-malas de um carro, na localidade da Polêmica, em Brotas, no dia 26 de abril com marcas de tortura e de tiros.
Segundo os familiares, os dois teriam sido entregues a traficantes por funcionários do Atakarejo por, supostamente, furtar quatro pacotes com cinco quilos de carne. As mortes são investigadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Mais de 10 pessoas já foram ouvidas.
Depois da repercussão do caso, o Atakadão Atakarejo comunicou o afastamento dos seguranças envolvidos no caso. Por meio de nota, o supermercado disse que a decisão foi tomada em sindicância interna e que tem colaborado para resolução do crime. Sem estipular uma data, o Atakarejo afirmou que os funcionários serão afastados “até que os fatos sejam devidamente esclarecidos pelas autoridades competentes”.
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